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Ibama relança sistema de conversão de multas para propostas ambientais

Criada em 1998, medida havia sido suspensa no governo Bolsonaro. Ibama esperar retomar investimentos na reparação de danos ao meio ambiente

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Fotografia de cima de uma parte da floresta Amazônica - Metrópoles
1 de 1 Fotografia de cima de uma parte da floresta Amazônica - Metrópoles - Foto: LeoFFreitas/ Getty Images

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) relançou, nesta quinta-feira (22/6), o sistema de conversão de multas para projetos ambientais.

A medida, criada em 1998, havia sido suspensa logo no início do governo Bolsonaro. Agora, com o retorno do dispositivo, o Ibama espera retomar investimentos na regularização e na reparação de danos causados ao meio ambiente.

O mecanismo de conversão de multas permite que recursos provenientes de penalidades ambientais possam ser utilizados em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente prestados pelo autuado, seja pessoa física ou jurídica.

A norma permite que o autuado receba um desconto de até de 60% no valor da multa consolidada no ato da conciliação ambiental. O pagamento da penalidade também pode ser convertido em prestação de serviços ambientais de projetos coordenados pelo Ibama.

“Após quatro anos escondida, a conversão de multas ambientais do Ibama retorna na nova gestão com mais garantias, celeridade e segurança jurídica e, principalmente, institucionalizada para fazer valer o seu principal objetivo: investir na preservação e cuidado da fauna e da flora brasileira”, afirmou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostino.

O mecanismo de conversão pode ser usado em todo o tipo de infração ambiental, com exceção de delitos cometidos em territórios indígenas.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama já realizou conversões de multa neste ano. Os recursos foram destinados da seguinte forma:

  • R$ 104.047.024,97 destinados a projetos de reocupação do Rio São Francisco em 15 municípios;
  • R$ 14.086.054,91 destinados para a recuperação ambiental da Mata Atlântica de Santa Catarina;
  • R$ 5.730.229,71 destinados aos Centros de Triagem de Animais Silvestres e programas de Quelônios da Amazônia; e
  • R$ 2.061.651,12 destinados à energia elétrica dos Centros de Triagem de Animais Silvestres.

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