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Hurb e governo devem assinar acordo para reembolsar clientes

Clientes afetados por viagens canceladas devem ter direito ao reembolso ou à opção de escolher um crédito para viagens futuras

atualizado

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1 de 1 hurb - Foto: Reprodução

O Hurb (antigo Hotel Urbano) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) devem realizar um acordo, por meio de um termo de ajustamento de conduta (TAC), que garantirá o reembolso aos clientes afetados pelo cancelamento em massa de viagens.

Ainda não há uma data definida para a assinatura do TAC, mas as negociações estão em andamento e a expectativa é que a formalização ocorra em breve.

O Hurb deve lançar uma plataforma em outubro, na qual os consumidores prejudicados poderão negociar os valores de reembolso. Essa iniciativa é uma das exigências do governo relacionadas ao termo.

Os consumidores serão informados sobre o lançamento do aplicativo, que permitirá o cadastro e a negociação dos valores de reembolso.

No ano passado, uma das mais conhecidas plataformas para compra de pacotes de viagem, o Hurb se encontrou em meio a uma crise. O calote em clientes, somado ao comportamento do CEO, João Ricardo Mendes, fez o Ministério da Justiça e Segurança Pública abrir uma ação contra a empresa, antes chamada de Hotel Urbano.

Na época, Wadih Damous, que responde pela secretaria, classificou a situação como “inaceitável”.

A empresa conseguia oferecer preços atrativos porque vendia pacotes com preços flexíveis. O cliente pagava a viagem com um longo período de antecipação e, então, o grupo reservava as passagens e a estadia.

Durante a pandemia, porém, o cenário mudou. O Hurb teve um volume de vendas superior a R$ 3 bilhões em 2020, durante o lockdown que atingiu em cheio o setor do turismo. O problema é que, pouco depois, com a demanda represada de viagens para realizar e questões como o aumento dos preços das passagens, a empresa enfrentou dificuldades para concretizar os pacotes vendidos.

A empresa optou por cancelar ou adiar indefinidamente os pacotes já adquiridos pelos consumidores.

O acordo firmado com o governo abrange clientes que adquiriram pacotes entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de maio de 2023, mas não puderam viajar. Os consumidores afetados terão duas opções de reembolso: poderão escolher um crédito para futuras viagens com a empresa ou optar pela devolução do valor pago, corrigido pela inflação oficial do país. Se o acordo não for cumprido, o Hurb enfrentará uma multa diária de R$ 1 milhão.

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