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Humorista André Marinho pede demissão da Jovem Pan

Filho do empresário Paulo Marinho deixa o veículo após discutir com Bolsonaro em entrevista do presidente ao canal

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André Marinho pede demissão da Jovem Pan após discussão com Bolsonaro
1 de 1 André Marinho pede demissão da Jovem Pan após discussão com Bolsonaro - Foto: Reprodução/Twitter

André Marinho não faz mais parte do time de integrantes da empresa Jovem Pan. O humorista pediu demissão nesta quinta-feira (4/11), após protagonizar uma discussão com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na estreia da Jovem Pan News como canal de televisão.

Em nota, Marinho afirma que optou “por buscar novos ares” e agradece à equipe comandada pelo apresentador Emílio Surita.

Veja a íntegra da nota enviada ao Metrópoles:

“Sim, confirmo o meu desligamento da emissora. Foram dois anos dedicados ao programa de humor mais longevo da rádio brasileira. Sou muito grato ao Emílio Surita, aos demais membros do Pânico e a toda direção da empresa por terem me proporcionado essa oportunidade que representou um inestimável crescimento pessoal e profissional. Optei por buscar novos ares para seguir avançando na minha carreira artística de comunicador e em breve terei novidades quanto aos novos projetos que participarei.”

Durante a entrevista com o mandatário da República, André Marinho citou preocupação com o retorno do PT ao poder e indagou ao presidente se “rachador” tem que ir para a cadeia ou não, em referência às acusações de “rachadinha” na família do chefe do Executivo do país. Em resposta, Bolsonaro apontou que não aceitaria “provocação” do apresentador.

“Ô, Marinho, você sabe que eu sou presidente da República. Eu respondo sobre meus atos, está ok? Então, não vou aceitar provocação tua. E você recolha-se aí ao teu jornalismo. Não vou aceitar. Senão, encerro a entrevista agora. Não vou aceitar”, retrucou o gestor federal.

Em seguida, o mandatário acusou o pai do humorista, Paulo Marinho, de querer ocupar o lugar de Flávio Bolsonaro no Senado. O empresário é suplente do parlamentar na Casa legislativa.

“O teu pai é o maior interessado na cadeira do Flávio Bolsonaro. Não vou discutir contigo ou acabo a entrevista agora aqui. O teu pai quer a cadeira do Flávio Bolsonaro. Eu decidi com o Flávio indicar teu pai para primeiro suplente, em confiança nele. Não tem mais conversa contigo”, pontuou o presidente, na ocasião.

Paulo Marinho foi um dos empresários que investiram na campanha presidencial de Bolsonaro em 2018. Ele rompeu com o titular do Palácio do Planalto em maio de 2020, quando revelou que o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) disse ter recebido informações privilegiadas da Polícia Federal (PF) sobre Fabrício Queiroz.

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