Houve no Exército quem quisesse intervenção militar, diz Arthur Maia
Após reunião com comandante do Exército, Arthur Maia buscou separar a conduta individualizada de militares, resguardando as Forças Armadas
atualizado
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O presidente da CPI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou nesta quarta-feira (23/8), após reunião com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, que alguns militares queriam, sim, uma intervenção militar. As apurações da comissão têm atingido figuras das Forças Armadas e da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
“Houve, sim, dentro inclusive do Exército e em outros setores da sociedade, pessoas que queriam manifestar um sentimento contra a democracia, que queriam uma intervenção militar”, afirmou Maia.
O encontro ocorre em meio a apurações da CPI que miram diretamente figuras de alta patente, como o general Gustavo Henrique Dutra, que era chefe do Comando Militar do Planalto no dia da invasão de bolsonaristas às sedes dos três Poderes.
Há uma pressão grande por parte de alguns parlamentares para que militares sejam punidos no relatório final da comissão. Para além disso, os depoimentos de militares na CPI desgasta a imagem das Forças Armadas.
Após reunião com o comandante do Exército, Arthur Maia destacou a necessidade de se preservar as instituições brasileiras, em um movimento que busca poupar a caserna.
“O fato de alguns militares, pessoas físicas, terem eventualmente se envolvido com essas movimentações antidemocráticas, isso tem que ser totalmente separado das Forças Armadas. (…) O papel das Forças Armadas foi fundamental para que nós preservássemos a democracia”, afirmou.