“Houve estupro, não há dúvida”, confirma delegada do Rio de Janeiro
De acordo com Cristiana Bento, o trabalho da polícia visa agora descobrir quantos homens violentaram a menina de 16 anos
atualizado
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Responsável pela investigação que apura o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro no sábado (21/5), a delegada Cristiana Bento declarou não ter dúvidas que a menina foi vítima de crime sexual. “A minha convicção é de que houve estupro. Precisamos provar agora a extensão desse estupro. Temos de verificar quantas pessoas praticaram esse crime, mas que houve estupro, não há dúvida”, afirmou Cristiana, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).
Segundo a delegada, os exames realizados no Instituto Médico Legal são importantes, mas não determinantes para a investigação. “Se ela estava desacordada no momento da agressão, por exemplo, não serão constatadas lesões. Por isso, precisamos verificar outras provas.”O caso corre em segredo de Justiça e, por isso, os depoimentos da vítima e dos suspeitos não poderão ser divulgados. “Assumi a coordenação desse inquérito ontem. Precisamos investigar com mais calma”, declarou. Cristiana passou a cuidar do caso na tarde do domingo (29), a pedido da defesa da adolescente que recorreu à Justiça do Rio e ao Ministério Público com o argumento de que a jovem foi intimidada pelo delegado Alessandro Thiers, titular da Delegação de Repressão aos Crimes de Informação, durante os depoimentos prestados na sexta-feira (27).
Em nota, a direção da Polícia Civil do Rio de Janeiro declarou que “a medida visa evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho.”
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