Hospital do RJ troca corpos de paciente oncológico e vítima de Covid-19
As famílias registraram boletim de ocorrência por subtração de cadáver na 6ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro
atualizado
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As famílias de Waldyr Rosa da Silva, de 81 anos, e de Haicton Paula Ferreira, 66, lutam por justiça. Ambos morreram na madrugada da última segunda-feira (4/1): Waldyr perdeu a luta para o câncer e Haicton morreu de Covid-19.
Eles estavam internados no hospital São Vicente de Paula, no Rio de Janeiro, e tiveram os corpos trocados por erro da instituição de saúde. A família de Haicton sepultou o corpo de Waldyr com caixão fechado, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19.
Enquanto isso, o corpo de Haicton permanece no hospital São Vicente de Paula. Foi assim que as famílias descobriram o erro: quando Eduardo Castro, filho de Waldyr, foi até a instituição para reconhecer o corpo do pai, percebeu que era outra pessoa.
Eduardo contou o caso em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira (7/1). Ele recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pedindo autorização para exumar o corpo do pai e fazer o sepultamento de forma correta. “Estamos sofrendo muito. Eu não sei onde está o corpo do meu pai”, disse ao Globo.
A família de Haicton também recorreu à Justiça para enterrar o corpo, mas o pedido não foi aceito. As autoridades alegam que a vítima da Covid-19 já foi oficialmente sepultada e não haveria provas do erro hospitalar.
As famílias registraram boletim de ocorrência por subtração de cadáver na 6ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. O Hospital São Vicente de Paula informou, em nota, que vai apurar o equívoco.