Hospital Badim: sala de gerador deve resistir 2h ao fogo, diz Anvisa
O fogo no Hospital Badim, no Rio, teve origem em um curto-circuito em um gerador da unidade e causou 11 mortes
atualizado
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A área de um hospital onde ficam os geradores deve ter estrutura que a isole das outras alas do edifício em caso de incêndio e que resista ao fogo e à fumaça por duas horas. Isso é o que estabelece regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre segurança em edificações de estabelecimentos de saúde.
O fogo no Hospital Badim, no Rio, teve origem em um curto-circuito em um gerador da unidade e causou 11 mortes, na última quinta-feira (12/09/2019).
Segundo a norma da Anvisa, os prédios dos hospitais devem ser divididos em compartimentos, ou seja, setores preparados para tolerar o incêndio sem que ele se expanda para o restante do prédio.
“Os compartimentos são como caixas de sapato pelas quais o fogo, a fumaça e a temperatura não passam num determinado período de tempo”, explica Marcos Kahn, engenheiro especialista em segurança contra incêndio e diretor administrativo da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH).
“A ideia da compartimentação é isolar o incêndio para que você possa continuar a retirar o pessoal em segurança. Não sei se o gerador do Hospital Badim estava compartimentado. Se estava, não tinha porque o incêndio sair daquela área em um período de tempo tão pequeno”, diz o especialista.
Além da compartimentação, os hospitais são orientados a possuir outros itens de combate a incêndio, como chuveiros automáticos (sprinklers), detecção e alarme de incêndio e uma brigada de incêndio treinada. Procurada para comentar sobre a estrutura anti-incêndio do hospital, a assessoria de imprensa do Badim ainda não se manifestou.
Entenda
Um incêndio atingiu o Hospital Badim, na Rua São Francisco Xavier, no Maracanã (Zona Norte do Rio de Janeiro), na noite dessa quinta-feira. Os bombeiros confirmaram que pelo 10 pessoas morreram. Ao todo, 103 pacientes estavam internados na unidade no momento do incêndio.
Segundo funcionários relataram à polícia e publicações nas redes sociais, o incêndio teria começado por volta das 18h15 em um prédio antigo onde funcionava o setor de laboratórios do hospital particular.