Hospitais militares de Manaus têm 72,4% de leitos de Covid-19 livres
Espaços não podem ser usados por civis. Enquanto isso, 76 % dos leitos clínicos para pacientes de Covid-19 na rede pública estão ocupados
atualizado
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Em Manaus, capital do Amazonas, 72,41% dos leitos clínicos para pacientes de Covid-19 em hospitais militares estão desocupados. No entanto, os espaços não podem ser utilizados pela população civil. Desde o início do ano, o Amazonas sobre com o colapso na rede pública de saúde.
As informações foram publicadas no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Amazonas nesta quinta-feira (10/2).
De acordo com o documento, a capital possui 116 leitos clínicos para pacientes de Covid-19 nas instituições das Forças Armadas. Desses, apenas 32 têm pacientes, representando baixa ocupação: 27,59%.
Além disso, dos 26 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais militares, 8 estão livres, representando 69,23% de ocupação.
Enquanto isso, na rede pública, utilizada pela população civil, 90,44% dos leitos de UTI para pacientes de Covid-19 estão ocupados. A taxa de ocupação dos leitos clínicos chega a 76,43%.
Desde 15 de janeiro, o governo estadual já transferiu 529 pacientes com coronavírus para outros estados e para o Distrito Federal. Nesta quinta-feira, 370 pacientes com Covid-19 estavam na fila de transferência para outras unidades de saúde. Desses, 263 são de Manaus, e os demais 107, do interior do estado.
Ministério da Defesa
Em nota ao portal UOL, o Ministério da Defesa, responsável pela administração dos hospitais militares, afirmou que os leitos estão desocupados pois são “reserva técnica” para acolher o pessoal militar, em caso de adoecimento. A pasta também disse que a assistência médico-hospitalar é um direito dos militares.
Além disso, o órgão informou que, “ao contrário do Sistema Único de Saúde (SUS), o sistema de saúde das Forças Armadas não é universal e tampouco dispensa para o seu custeio as contribuições mensais e as indenizações de seus beneficiários”.