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Homenagem: Bolsonaro envia flores ao velório do general Newton Cruz

General que chefiou a Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI) na ditadura militar morreu na sexta-feira (15/4), aos 97 anos

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1 de 1 rj velorio general newton cruz - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – O presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou homenagem ao general Newton Cruz, famoso personagem da Ditadura Militar no Brasil, que morreu na última sexta-feira (15/4), aos 97 anos.

O corpo do general foi cremado neste domingo (17/4) no crematório da Penitência, no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, para onde Bolsonaro enviou uma coroa de flores. O presidente também ligou o neto do general para expressar as condolências.

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Um familiar, que pediu para não ter o nome divulgado, disse ao Metrópoles que o general tinha problemas pulmonares, e ficou internado por 15 dias no Hospital Central do Exército. Cruz era viúvo e deixa quatro filhos e 11 netos.

“Ele era um guerreiro para nós. A família está muito abalada. Só queremos respeito e honra”, salientou o parente.

Repressão

Newton Cruz foi general do Exército Brasileiro e teve atuação na ditadura militar no Brasil, que durou de 1964 a 1985. Ele foi chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI), órgão que monitorava e espionava opositores do regime, munindo os militares de informações confidenciais.

Cruz foi acusado pela morte do jornalista Alexandre von Baumgarten. Na época, negou envolvimento, disse que recebeu informações sobre a identidade do responsável pelo assassinato, mas se recusou a revelar.

Em 2010, o general concedeu entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, na qual revelou que militares planejavam outro ataque semelhante ao Riocentro, atentado terrorista organizado por integrantes do Exército e da Polícia Militar em 30 de abril de 1981.

“Eu recebi a informação de que havia um grupo tentando fazer um ataque semelhante. Não era problema meu. Eu tinha apenas que informar. Pela primeira vez saí da minha função na SNI e fui pessoalmente acabar com isso”, contou o militar na entrevista.

Ele disse que se encontrou com um tenente e um sargento em um hotel, onde teria alertado que se tivesse mais algum atentado, iria denunciar. “Não houve mais nenhum atentado”, garantiu o sargento na gravação de 2010.

Vídeo emblemático

Newton Cruz é o protagonista de um icônico vídeo de dezembro de 1983, quando agrediu um repórter durante transmissão ao vivo na TV.

No vídeo, o general manda o repórter calar a boca e “desligar essa droga”, em relação ao gravador com que o profissional registrava a entrevista. Ele fica irritado depois de ser questionado sobre a falta de democracia no país.

Vídeo emblemático

Newton Cruz é o protagonista de um icônico vídeo de dezembro de 1983, quando agrediu um repórter durante transmissão ao vivo na TV.

No vídeo, o general manda o repórter calar a boca e “desligar essa droga”, em relação ao gravador com que o profissional registrava a entrevista. Ele fica irritado depois de ser questionado sobre a falta de democracia no país.

 

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