Homem teria atacado a pauladas mulher que não quis se deitar com ele
PCGO investiga violência doméstica em Rio Verde (GO). Mulher foi agredida e deixada na porta de hospital. Ela está com a mandíbula quebrada
atualizado
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Goiânia – Um homem de 33 anos é investigado por suspeita de agredir a pauladas a companheira dele, de 34, até que o rosto dela ficasse deformado, e abandoná-la seminua em frente a hospital de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. A vítima disse que sofreu violência após se recusar a deitar com ele. Ela afirmou viver com medo por estar ameaçada de morte.
De acordo com a investigação, a mulher foi agredida pelo suspeito durante a noite de sexta-feira (2/7). Na manhã seguinte, segundo a polícia, ela foi deixada em uma cadeira de rodas na recepção da unidade de saúde. Os dois moram juntos há quase dois anos.
“Como eu não quis deitar, foi o motivo para ele me agredir. Começou a me agredir com um pedaço de pau, quebrou ele todo nas minhas costas, minha cabeça está toda cortada”, lamentou a vítima, em entrevista à TV Anhanguera, afiliada da Globo em Goiás. Ela não quis se identificar. O nome do suspeito não foi divulgado pela Polícia Civil.
Mandíbula quebrada
A mulher contou que o suspeito quebrou a mandíbula dela, motivo pelo qual ela deve ser submetida a uma cirurgia. “Eu tenho bastante medo dele porque ele nunca falou que ia me matar como ele falou”, afirmou. Segundo a investigação, o suspeito tem cinco registros por violência doméstica, três deles realizados pela atual companheira.
A mulher também afirmou que, depois de se recusar a deitar com o companheiro, foi agredida e levada por ele às margens de um rio, onde ele ameaçou matá-la e jogar o corpo dela.
Segundo a família, a mulher ficou internada dois dias para tratar os ferimentos, recebeu vários pontos no rosto e deve fazer novos exames para fazer uma cirurgia na mandíbula. “Ela continua com muita dor, tomando morfina”, contou uma prima à reportagem televisiva.
Histórico
A delegada Jaqueline Camargo, responsável pelo caso, disse à TV que o suspeito chegou a ser preso em novembro do ano passado e solto dois meses depois. De acordo com ela, a mulher reatou o relacionamento após ele ter deixado a prisão.
A delegada disse ainda que está analisando as provas e deve intimá-lo para depor nos próximos dias. “As investigações já iniciaram, mas antes de proceder a oitiva do suspeito, a gente precisa reunir mais elementos de prova”, explicou Jaqueline.
“Não tem mandado de prisão contra o suspeito. Ele não está foragido. Assim que a gente concluir essa primeira fase, ele será intimado para ser ouvido”, disse a delegada.