Homem se apresenta à polícia após morte de bebê atingido por prego
Funcionário de obra prestou depoimento e entregou uma pistola usada para fixação de gesso, de onde teria partido prego que matou a criança
atualizado
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O funcionário de uma obra nos arredores do local onde um bebê de 10 meses foi atingido por um prego se apresentou voluntariamente à 35ª Delegacia de Polícia, na noite dessa quarta-feira (31/07/2019), no município de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, ele prestou depoimento e entregou uma pistola usada para fixação de gesso, de onde pode ter partido o prego que perfurou o crânio da criança, que morreu na tarde de quarta.
Segundo a investigação, o homem estava tentando manusear a pistola, que é antiga, durante a reforma de um imóvel. O delegado responsável pelo caso, Luis Maurício Armond, comentou que, segundo o relato do funcionário, o equipamento estaria travado e sem lubrificação. Além disso, o homem declarou ter tentado disparar para o chão.
O delegado acredita que a morte do bebê ocorreu por uma fatalidade e que o funcionário pode ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar), mas uma perícia deve ser realizada no local nesta quinta-feira (01/08/2019), bem como novos depoimentos, para analisar todas as circunstâncias e tipificar o crime.
Entenda o caso
Sentado no colo da mãe e dentro de um carro, um bebê de 10 meses foi atingido por um prego, que ficou alojado em seu crânio. O caso ocorreu na noite de terça-feira (30/07/2019) no bairro Paciência, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro. Na tarde dessa quarta (01/08/2019), ele não resistiu aos ferimentos e morreu. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde.
A mãe relatou aos médicos que o veículo estava parado na Rua José Montenegro de Lima quando escutou um “estouro” em um dos vidros traseiros. Foi então que percebeu que o filho estava sangrando e o levou imediatamente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
Depois, a criança foi transferida para o Hospital Pedro II, em Santa Cruz. Um exame de imagem constatou o objeto alojado na cabeça da vítima. Lá, ele chegou a ser operado e ficar estável na UTI, mas não resistiu aos ferimentos.