Homem que pôs fogo na estátua de Borba Gato tem pedido de liberdade negado
Ativista Paulo Galo está preso desde 28 de julho, após assumir autoria do ataque ao monumento
atualizado
Compartilhar notícia
O juiz plantonista do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) Xisto Rangel negou, neste domingo (8/8), o pedido de liberdade do motoboy Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo. A informação é do portal G1.
Ele está preso desde 28 de julho no 2º Distrito Policial (Bom Retiro), após ter confessado participação no ato que incendiou a estátua do Borba Gato, em Santo Amaro (SP), em 24 de julho. O grupo Revolução Periférica, do qual ele faz parte, assumiu a autoria do protesto.
Galo disse que o intuito do incêndio à estátua foi “abrir o debate”. “Para aqueles que dizem que a gente precisa ir por meios democráticos, o objetivo do ato foi abrir o debate. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres”, disse em nota no dia da prisão.
A prisão preventiva foi determinada pelo Departamento de Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em decisão sigilosa, um dia após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter concedido liberdade a Paulo Galo. A informação foi confirmada ao Metrópoles por advogados que atuam no caso.
A defesa do motoboy solicitou a liberdade provisória. “Não se vislumbra patente ilegalidade ou teratologia que justifique a concessão da pretendida liminar, razão pela qual fica indeferida”, escreveu Rangel ao negar o pedido.
Além de Galo, o motorista Thiago Vieira Zem também está preso por ter participado do ataque à estatua. Danilo Silva de Oliveira, que também atua como motoboy, teve a prisão preventiva decretada, mas ainda não foi localizado pela polícia.