Homem que matou jovem após consertar pneu não irá a júri popular
Segundo denúncia do Ministério Público e aceita pela Justiça, o principal crime cometido por ele foi o de latrocínio
atualizado
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Rodrigo Pereira Alves, acusado de estuprar e matar a universitária Mariana Bazza, de 19 anos, em Bariri (SP), após oferecer ajuda para trocar o pneu de um carro, não irá a júri popular.
Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e aceita pela Justiça na última quinta-feira (10/10/2019), o principal crime cometido por ele foi o de latrocínio (roubo seguido de morte), que não se enquadra nos crimes dolosos contra a vida que preveem o Tribunal do Júri.
De acordo com a denúncia do MP, Rodrigo roubou o carro, a carteira da vítima com documentos pessoais, R$ 110 em dinheiro, o celular dela e uma caixa de som.
Rodrigo também foi acusado de estupro e ocultação de cadáver, por isso pode ter a pena aumentada durante o processo. O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara apontou que a vítima foi estuprada e morta na chácara onde o acusado trabalhava como pintor.
Ainda segundo a denúncia do MP, Rodrigo atraiu a jovem para a chácara com a promessa de consertar o pneu do carro dela — que, segundo o promotores, ele mesmo havia esvaziado. A abordagem aconteceu quando Mariana saiu da academia, em 24 de setembro.
Após ameaçar a vítima com uma faca, ele usou pedaços da blusa dela para vendá-la e amordaçá-la. Laudo apontou também que após o estupro, Mariana foi morta por asfixia mecânica (estrangulamento).
Ainda de acordo com a denúncia, Rodrigo saiu da chácara para calibrar o pneu com o corpo de Mariana dentro do carro. O corpo foi localizado em 25 de setembro em uma área de canavial na zona rural de Ibitinga.