Homem que ficou 5 anos preso injustamente: “Não me sinto livre”
Antônio Castro, de 35 anos, foi detido em 2014 sob acusação de estupro de vulnerável
atualizado
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O borracheiro Antônio Cláudio Barbosa de Castro, de 35 anos, solto após cinco anos de prisão injusta, diz ainda não se sentir livre.
As informações são do portal G1.
Condenado por estupro e mantido preso até ser julgado novamente, em julho deste ano, Antônio sofre para se readaptar à vida fora da prisão.
Castro foi detido em 2014, confundido com um suspeito de crimes sexuais conhecido como “maníaco da moto”. No Ceará, o borracheiro foi condenado a nove anos em regime fechado por estupro de vulnerável. Ele, agora, é tratado como inocente das acusações.
O suspeito, que usava uma motocicleta vermelha para abordar as vítimas, portando uma faca e as ameaçando, nunca foi identificado. Em novo julgamento, a defesa de Castro alegou que as vítimas se referem ao criminoso como um homem de 1,80 metro. O borracheiro tem 1,59 metro.
“Ainda é uma grande luta, um grande sofrimento, porque era para eu estar livre, mas eu não me sinto livre. Meu nome ainda consta no sistema. Quando eu saio, tenho receio. Já sofri dois constrangimentos por causa do meu nome no Sistema. Para mim, é muito difícil”, disse o borracheiro ao portal. Ele destacou que ainda teme ser encarcerado novamente a cada abordagem da polícia.
O homem inocentado também revela que, até o momento, não recebeu nenhum apoio do Estado e ingressou com uma ação de pedido de indenização. “Eu já entrei com um processo para resolver isso, mas ainda está caminhando. É uma luta, até o Estado reconhecer o erro cometido, porque eu não estou recebendo nada do Governo. Eu estou na minha luta diária para me encaixar nesse mundo de novo. Minha mente ainda está uma bagunça.”