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Homem que atacou Ministério da Justiça era atirador registrado

Luiz Antonio Iurkiewiecz jogou um carro contra o prédio em novembro de 2020. Objetivo era promover atentado contra o STF

atualizado

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Homem joga carro contra Palácio da Justiça
1 de 1 Homem joga carro contra Palácio da Justiça - Foto: Divulgação/PMDF

Preso por executar um atentado contra o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em novembro de 2020, Luiz Antonio Iurkiewiecz é um colecionador de armas registrado no Exército. Conhecidos como CACs (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores).

Este é o principal grupo beneficiado pela flexibilização de armas. A informação foi divulgado no Fantástico desse domingo (11/4).

A flexibilização de armas de fogo, tema apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é um assunto delicado no Congresso. Desde 2019, já foram 14 decretos, 15 portarias, uma resolução da câmara de comércio exterior e uma instrução normativa da Polícia Federal para facilitar o acesso a armas de fogo no Brasil.

Os últimos decretos assinados por Bolsonaro autorizam a compra de até 60 armas por atiradores desportivos sem a necessidade de uma autorização especial do Exército.

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O veículo foi retirado do local às 5h30
Palácio da Justiça, sede do MJSP
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Renault Duster sem motorista invadiu espelho d'água do Palácio da Justiça

Polícia Militar/Divulgação
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O veículo foi retirado do local às 5h30

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Palácio da Justiça, sede do MJSP

Rafaela Felicciano/Metrópoles
O atentado

Luiz Antonio Iurkiewiecz jogou o carro contra o Palácio da Justiça, em 15 de novembro de 2020. O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Iurkiewiecz por crime contra a Segurança Nacional.

Segundo as investigações, ele lançou o Renault Duster de encontro à portaria principal da sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília, com objetivo de promover um atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas errou o prédio. Ele foi preso, à época do episódio.

O carro do acusado caiu da rampa de acesso ao prédio e parou no espelho d’água, o que evitou estragos maiores. Ele tinha uma espingarda calibre 12, duas espadas, um arco, sete flechas de madeira e dois canivetes.

Com decisão da 15ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, Iurkiewiecz tornou-se réu pelo atentado.

Para o MPF, ficou comprovado o inequívoco perigo de lesão ao regime democrático do Estado de Direito, pois Iurkiewiecz pretendia “não só intimidar as autoridades judicantes, mas também incentivar outras pessoas a praticarem atos violentos que atentem contra a ordem”.

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