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Homem que ameaçou ministros do STF pede para trabalhar na prisão

Ivan Rejane Pinto foi preso em 2022 após defender fim do STF e ameaçar ministros: “Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”

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foto colorida em estúdio de tiro de Ivan Rejane, homem que ameaçou ministros do STF e Lula
1 de 1 foto colorida em estúdio de tiro de Ivan Rejane, homem que ameaçou ministros do STF e Lula - Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de autorização de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, 46 anos, para trabalhar na unidade prisional em que está recolhido. O prazo de manifestação é de cinco dias.

O homem foi preso em 2022 por usar redes sociais e aplicativo de mensagens contra o Estado Democrático de Direito, defendendo a extinção do STF e ações violentas contra seus membros e divulgando notícias falsas sobre integrantes da Corte.

O prazo de manifestação se dá na Petição (PET) 10474, em pedido de Ivan Rejane para “executar trabalho interno na unidade prisional em que se encontra recolhido, com expedição de ofício à unidade para que seja designada a atividade com a maior brevidade possível”.

Moraes também determinou que seja oficiada a autoridade policial para que, também no prazo de cinco dias, informe acerca do andamento das investigações e apresente relatório parcial das diligências cumpridas.

Em agosto do ano passado, Moraes acatou o pedido da Polícia Federal (PF) e ordenou a prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto.

O homem foi preso temporariamente no dia 22 de julho, em Belo Horizonte (MG). No dia 25, a prisão foi prorrogada por mais cinco dias, a pedido da PF e da PGR. A prisão preventiva não tem prazo definido de duração.

Ao manter Ivan Rejane preso, o ministro afirmou que a manutenção da prisão é “a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal, especialmente com o prosseguimento da perícia técnica, capaz de apontar com maior precisão a extensão e níveis de atividade da associação criminosa que se investiga”.

“É importante ressaltar que, somente com a restrição de liberdade foi possível interromper a prática criminosa, pois o investigado, no mesmo dia de sua prisão, divulgou vídeo com novos ataques ao Supremo Tribunal Federal, no qual debochou da possibilidade de ser preso”, destacou o ministro.

“Prende ele, Xandão, ele é um dos líderes dos movimentos antidemocráticos do 7 de setembro. Que vacilão, hein, irmão. Tá com medo, o cu ta piscando, não passa nem um cabelo”, disse Ivan, em vídeo, logo após o ministro ordenar sua prisão em julho.

“Vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”

Em outro vídeo para promover manifestações bolsonaristas em 7 de setembro de 2022, Ivan cita nominalmente os ministros do STF e faz ameaças. “Sumam do Brasil. Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo”, afirmou ele.

Em outra gravação  que circula pelas redes sociais ele diz: “Se eu fosse vocês, Barroso, Fux, Fachin, Moraes, Lewandowski, Mendes, eu ficava nos Estados Unidos, em Portugal, na Europa, na puta que te pariu. Até vocês duas, vadias, Cármen Lúcia e Rosa Weber. Sumam do Brasil”.

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