Homem que agrediu procuradora em SP alega que sofria assédio moral
O também procurador prestou depoimento à Polícia Civil. Mulher teria sido espancada por conta de um processo administrativo
atualizado
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Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, procurador que agrediu brutalmente a colega, a também procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, 39, disse em depoimento à Polícia Civil que sofria assédio moral no ambiente de trabalho.
O caso ocorreu na segunda-feira (20/6), em Registro (SP). Demétrius foi ouvido e liberado logo após o depoimento. O delegado Fernando Carvalho Gregório, em entrevista à TV Tribuna, afiliada à Rede Globo, considerou que não houve flagrante.
“Ele admitiu que agrediu a vítima e alegou que assim o fez por sofrer assédio moral”, disse.
Um vídeo registrou o momento em que o procurador ataca a mulher com socos, cotovelada, e a xinga de “puta” e “vagabunda do caralho”. Gabriela ficou com o rosto ensanguentado após o ataque.
Veja o vídeo:
A motivação da agressão seria um processo administrativo contra ele, por ter um comportamento ruim no ambiente de trabalho, segundo boletim de ocorrência que o G1 Santos e Região teve acesso. Ela chegou a afirmar que tinha medo de ser agredida pelo colega de trabalho.
“Foi exposta a minha dignidade como mulher, fui desrespeitada como servidora pública. Foi um desrespeito brutal da minha personalidade como mulher”, disse Gabriela.
Repúdio
Em nota, a prefeitura de Registro (SP) informou que manifesta o mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência realizados pelo procurador municipal. “Que a vítima e sua família recebam toda nossa solidariedade, apoio e cada palavra de conforto e acolhimento”, disse em nota.
A administração municipal ainda determinou a imediata suspensão do agressor com prejuízo no salário dele, a partir de 21 de junho.
Investigação
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou, em nota, que o caso foi registrado como lesão corporal e que aguarda o resultado dos exames periciais para elucidar o caso.
Confira a nota:
O caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pela DDM de Registro. A equipe da unidade já ouviu a vítima e o agressor e aguarda o resultado dos exames periciais para análises e elucidação dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial.
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