Homem perde R$ 143 mil com empréstimos feitos após ter celular furtado
Bruno de Paula denunciou fraudes em contas bancárias após ter o aparelho levado enquanto estava em um táxi saindo do Aeroporto de Guarulhos
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O agente de talentos Bruno de Paula denunciou nas redes sociais nessa quinta-feira (5/5) ter sido vítima de fraudes em suas contas bancárias que chegaram a R$ 143 mil.
Os empréstimos, transferências, compras e pagamentos de boletos foram feitos por criminosos após furtarem seu celular em 29/4, quando se via em um táxi retornando do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
“Estávamos famintos, então fui pedir um delivery antes de chegar. E aí que tudo mudou. É uma das sensações mais estranhas que já senti, o celular sumiu da minha mão. Gritei, olhei pra trás e vi um vulto correndo pra escuridão”, contou o agente.
Num primeiro momento, Bruno ficou aliviado, mas depois notou que a situação poderia se agravar.
“Aí percebi que estava destravado. Surtei. O desespero bateu, mas ninguém sabe minhas senhas e nunca anotei. Minhas contas no Banco do Brasil e Nubank são com reconhecimento facial, não tem como entrar”, relatou.
Compras
Ao chegar em casa, ele acessou um celular antigo e viu que já tinham sido gastos R$ 27 mil da sua conta no Nubank. O agente ligou na operadora para desabilitar o chip e o aparelho. Segundo ele, a empresa afirmou que o bloqueio havia sido feito, mas isso não ocorreu.
“E o inferno estava só começando. Era sexta à noite e são boletos. Dava pra cancelar, mas nada. O descaso do Nubank foi bizarro. Se virem, tudo foi feito dentro de três minutos. Como que o banco libera isso?”, questionou no Twitter.
Bruno também reportou em 29/4 a situação ao Nubank. Ainda assim, em 2/5, os criminosos conseguiram aumentar o seu limite de Pix na instituição para R$ 90 mil.
Empréstimos
O agente tentou evitar que uma segunda conta bancária também fosse invadida e mais dinheiro acabasse furtado.
“Preocupado, liguei para o Banco do Brasil e expliquei a situação. Implorei que não deixassem movimentar minha conta. Entendi que eles fariam um bloqueio, já que reportei”, afirmou.
Mesmo após esse contato, foram feitos dois empréstimos, duas transferências, sendo uma delas agendada, e um Pix. Essas movimentações bancárias resultaram em um prejuízo de R$ 116 mil.
“Só chorei”, disse. “É uma violação tão grande, um vírus que invadiu minha vida e fiquei sem o que fazer. Mexeram em tudo e nenhuma empresa ajudou a recuperar.”
Suporte
Bruno relatou diversos contatos com os bancos, inclusive pessoalmente, e disse ter recebido respostas genéricas que não ofereciam uma medida prática para ajudá-lo.
“É óbvio que foi fraude, por que não solucionam rápido? Por que não reembolsam? Eu estou sem acesso às minhas contas e ao meu dinheiro. Preciso pagar contas, voltar ao normal. E nada. Nunca vivi uma situação tão desesperadora, e não sei mais o que fazer”, afirmou.
Resolução
Nesta sexta-feira (6/5), após o caso viralizar nas redes sociais, o agente de talentos contou que recebeu ligações das duas instituições bancárias que “resolveram” a situação.
“E não é questão de estornaram e agora está tudo bem. Não está. Durante a semana e agora, expliquei as falhas graves nos processos das empresas, não só de segurança inicial. Passei o feedback detalhado para que haja uma melhora geral”, escreveu.
Bancos
Ao Metrópoles o Nubank afirmou que lamenta o ocorrido e que o caso “já foi solucionado com o cliente”.
Já o Banco do Brasil informou ao Metrópoles que “acionou procedimentos de segurança logo após tomar conhecimento da ocorrência, com rápida recuperação de valores”.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.