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Homem gritou que era trabalhador antes de ser baleado e morto no Rio

Homem foi baleado na Vila Kennedy, onde ocorria uma operação policial no momento em que ele foi morto

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1 de 1 imagem colorida trabalhador baleado e morto operacao vila kennedy - Foto: Reprodução

O mototaxista morto na Avenida Brasil durante uma operação policial na Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio, Everson Luiz Santos da Silva, teria avisado que era trabalhador após ser baleado uma primeira vez. Ainda assim, recebeu outro tiro. A ação aconteceu na noite do último sábado (25/11).

O amigo e advogado da família, Ed Wilson, disse que Eberson saía para trabalhar, por volta das 19h, quando foi baleado supostamente por policiais militares. Segundo ele, o homem seguia de mototáxi quando teve início uma incursão da PM na comunidade.

Ainda segundo o relato, os policiais disparam contra a perna de Eberson, que imediatamente caiu, gritou que era trabalhador e chegou a mostrar o crachá da empresa em que trabalhava. Os agentes teriam ignorado os gritos do homem e feito um novo disparo contra a barriga dele.

Revolta e protesto após trabalhador ser baleado

De acordo com o advogado, os vizinhos de Eberson tentaram socorrê-lo, mas os policiais jogaram spray de pimenta para dispersá-los.

Revoltados, os moradores insistiram em tentar socorrer Eberson, mas os policiais o colocaram na viatura e o levaram para o Hospital Municipal Albert Schweitzer. Wilson afirma ainda que até o momento, somente a versão dos policiais foi ouvida pela Divisão de Homicídios.

No início da noite de sábado (25/11), moradores da região fizeram um protesto e chegaram a interditar a Avenida Brasil.

Eberson foi descrito pelo amigo como uma pessoa tranquila, pacífica e muito querida na comunidade, que está consternada com a tragédia. Segundo ele, Eberson trabalha como maqueiro na Iabas, O.S. responsável pela gestão de algumas unidades de saúde da cidade.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que ele foi maqueiro da UPA Costa Barros, mas já não integrava a equipe da unidade desde junho deste ano.

O trabalhador morava com a mãe, que trabalha como faxineira na UPA da Vila Kennedy. O corpo dele já foi liberado do Instituto Médico Legal. O velório será nesta segunda-feira às 14h50 no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. O enterro está marcado para as 15h45.

Versão da PM

Segundo a PM, agentes do 14° BPM (Bangu) realizavam um patrulhamento na Rua Viúva Guerreiro quando foram atacados a tiros por bandidos. Houve confronto e um dos responsáveis pelo ataque foi preso com dois carregadores, um porta-carregador e uma quantidade de material entorpecente.

Os policiais afirmaram que, na sequência, encontraram um morador baleado. Ele foi levado para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, também na Zona Oeste. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima já chegou morta à unidade de saúde.

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