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Homem é mordido por tubarão em Fernando de Noronha

A vítima é um turista do Paraná de 33 anos. Mão e parte do antebraço direito foram arrancados pelo animal

atualizado

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1 de 1 fernando de noronha - Foto: Pixabay

Um homem teve a mão e parte do antebraço direito arrancados por uma mordida de tubarão quando fazia snorkel na praia do Sueste, em Fernando de Noronha, no fim da tarde de segunda-feira (21/12).

O acidente teria ocorrido por volta das 17h45 segundo fontes ouvidas pela reportagem. A vítima é um turista do Paraná de 33 anos, segundo nota oficial divulgada pela administração da ilha. Ele foi levado para o Hospital São Lucas (o único da ilha), onde recebeu atendimento de emergência, com o apoio de um cirurgião, um ortopedista e um anestesia que também estavam no local à passeio. Sua condição de saúde era estável e ele foi transferido de manhã numa UTI aérea para o Hospital da Restauração, no Recife.

A Baía do Sueste ficará interditada para banho nesta terça-feira (22). “O engenheiro de pesca Léo Veras obteve uma autorização especial para mergulhar no local hoje. O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade irá proceder investigação, convidando especialistas, pesquisadores de tubarões, para contribuírem no caso”, diz uma nota divulgada pela administração da ilha às 6h30.

Suspeita-se que a espécie envolvida no incidente seja um tubarão-tigre. Não há informações, por enquanto, sobre o que teria motivado o ataque – por exemplo, se o homem tentou interagir com o animal de alguma forma, ou foi atacado de surpresa. O Sueste é uma praia conhecida por suas águas rasas e tranquilas, que atraem um grande número de tartarugas marinhas, e por isso é um local muito procurado pelos turistas.

Acidentes com tubarões são extremamente raros em Fernando de Noronha (este talvez seja o primeiro ataque registrado), apesar do grande número de banhistas e mergulhadores que visitam a ilha regularmente. O tubarão-tigre (Galeocerdo cuvier) é uma espécie particularmente mais agressiva.

“Para que se possa entender o incidente é fundamental reunir o máximo de detalhes possível, incluindo a profundidade e distância da praia onde ele ocorreu; hora do dia e condição da maré; situação da vítima (se sozinho ou acompanhado de mais pessoas) e seu comportamento na água (conversei com diversos moradores da ilha e há pelo menos um relato de que o banhista teria chutado o animal, talvez inadvertidamente)”, disse à reportagem o ambientalista José Truda Palazzo Jr., coordenador da campanha Divers for Sharks e um dos responsáveis pela criação do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, em 1988. “O caso é raríssimo, inédito mesmo em Noronha. O melhor que se pode fazer nesse momento é estudar o incidente da forma mais detalhada possível para tentar entendê-lo.”

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