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Homem com HIV é preso em GO por transmitir vírus sem alertar parceiras

Seis vítimas que mantiveram relações com o suspeito sem uso de camisinha procuraram a Polícia Civil de Goiás. Três delas testaram positivo

atualizado

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Homem com HIV é preso em goiás por transmitir a doença para mulheres sem alertá-las
1 de 1 Homem com HIV é preso em goiás por transmitir a doença para mulheres sem alertá-las - Foto: PCGO

Goiânia – Um homem de 37 anos foi preso nesta segunda-feira (21/3) em Pontalina (GO), a 127 Km da capital goiana, suspeito de transmitir o vírus HIV para parceiras sexuais e namoradas do passado de forma deliberada, sem avisá-las que havia contraído a doença.

Seis mulheres com quem Leovaldo Francisco da Silva manteve relações sem uso de preservativo já procuraram a delegacia e relataram os fatos ao delegado que investiga o caso, Leylton Barros. Segundo a investigação, três delas já testaram positivo para a doença.

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Momento da prisão ocorrida na manhã do dia 21/3
Leovaldo Francisco da Silva tem 37 anos, é servidor público e trabalhava como vigilante da prefeitura de Pontalina (GO)
Polícia acredita que novas vítimas devem surgir, com a divulgação da imagem do suspeito
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Resultado de exame positivo de uma das vítimas

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Momento da prisão ocorrida na manhã do dia 21/3

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Leovaldo Francisco da Silva tem 37 anos, é servidor público e trabalhava como vigilante da prefeitura de Pontalina (GO)

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Polícia acredita que novas vítimas devem surgir, com a divulgação da imagem do suspeito

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O homem é um servidor público da prefeitura de Pontalina, exerce a função de vigilante e teve a imagem divulgada pela polícia para auxiliar na descoberta de novas vítimas. Conforme o registrado por aquelas que já procuraram a delegacia, ele já estaria transmitindo o vírus desde 2019, pelo menos.

Ao delegado, o suspeito alegou que não sabia que estava com o vírus HIV e que teria descoberto apenas no último mês. “As investigações e as provas, no entanto, mostram que ele teve, sim, condições de saber que era portador da doença desde 2020”, conta o delegado ao Metrópoles.

Veja a prisão e relato do delegado: 

Segundo Leylton, há dois anos, o vigilante já havia se relacionado com uma pessoa soropositiva e sabia disso. O homem, no entanto, seguiu mantendo a vida sexual normalmente, sem se prevenir, tampouco proteger as mulheres com quem ele se relacionava.

Primeiras vítimas

As vítimas começaram a procurar a delegacia há cerca de 15 dias. A primeira mulher teve um relacionamento amoroso com o vigilante e decidiu fazer o exame de HIV, após o término da relação e, também, por ter sido alertada por pessoas da cidade.

“Começou a circular a informação de que ele seria soropositivo. Ela fez o exame, deu reagente e após passar por todo esse trauma psicológico, resolveu ir à delegacia e registrar a ocorrência para alertar outras pessoas”, diz Leylton.

Assim que a primeira denúncia foi feita, outras mulheres se encorajaram e procuraram a polícia, por isso a investigação acredita que outras, ainda, podem surgir.

Todas elas foram ouvidas separadamente, de forma sigilosa e em dias e horários diferentes. Tudo foi feito de um jeito para garantir a privacidade e preservação da identidade das vítimas.

Lesão corporal gravíssima

O homem foi preso em casa, na manhã desta segunda-feira, numa ação conjunta de policiais de Pontalina e Piracanjuba.

A prisão decretada pela Justiça foi de caráter preventivo e ele foi conduzido para a unidade prisional da cidade, onde aguarda os desdobramentos do caso.

Até o momento, o crime imputado a ele é de lesão corporal gravíssima. O suspeito já foi casado, tem um filho, mas se separou e está solteiro, no momento, de acordo com o delegado.

O celular que ele utilizava foi apreendido para análise pericial. Leylton Barros aguarda, além de novas vítimas, alguns documentos e o resultado de novos exames laboratoriais para concluir o inquérito.

A PCGO informa que a divulgação da imagem e identificação do preso neste caso encontra-se respaldada pela Lei nº 13.869 e Portaria nº 02/2020-PCGO. Tal ação, conforme a corporação, visa a identificação de eventuais vítimas dos crimes cometidos pelo autor, bem como surgimento de novas denúncias, testemunhas e elementos informativos.

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