Homem-bomba: Padilha diz que STF é novamente alvo da cultura do “ódio”
Ministro de Lula lembrou dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e disse que confia na investigação da PF sobre o caso
atualizado
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo, “mais uma vez”, de “uma cultura que estimula o ódio”, após o ataque de um homem na Praça dos Três Poderes na noite dessa quarta-feira (13/11).
“Não tem como você ver essa situação sem relembrar o que foram os atos criminosos preparatórios para o 8 de Janeiro e o próprio 8 de Janeiro em si. Mais uma vez, o STF é alvo de uma cultura que estimula o ódio e que, infelizmente, leva pessoas a cometer crimes como esse”, afirmou Padilha nesta quinta-feira (14/11).
Veja:
Nesta manhã, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o autor das explosões tinha intenção de “matar ministros da Suprema Corte”. O principal alvo dele seria o ministro Alexandre de Moraes.
“Nós não queremos mais isso, não quer ver gente morrendo, gente cometendo crimes, cometendo vandalismo, atos contra a democracia, como nós vimos no 8 de Janeiro e como vimos ontem”, completou Padilha.
Padilha falou ter confiança na PF para conduzir a investigação. A corporação apura o caso como atentado terrorista.
Segundo o ministro, a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “reforçar a segurança e determinar aos agentes do Palácio [do Planalto] e da PF para garantir segurança dos ministros e servidores do STF, na Praça dos Três Poderes”.
Homem-bomba
O responsável pelo ataque à Praça dos Três Poderes foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Segundo o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o homem tinha intenção de “matar ministros da Suprema Corte”, e seu alvo principal era o ministro Alexandre de Moraes.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o homem detonou explosivos em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Nas imagens, Wanderley arremessa explosivos em direção à Estátua da Justiça. Em seguida, ele se deita, e o artefato acende, solta fumaça e explode.