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São Paulo – A covereadora do Quilombo Periférico do PSol na Câmara de São Paulo, Samara Sosthenes, registrou um boletim de ocorrência Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na noite de domingo (31/1), após um homem armado efetuar um disparo em frente à casa dela no sábado (30/1).
O suspeito estava em uma moto. Uma testemunha presenciou o ocorrido e informou Samara.
Samara é travesti e líder de movimentos sociais. Na última semana, a mesma em que é comemorado o Dia da Visibilidade Trans, outras duas parlamentares do PSol em São Paulo sofreram ameaças.
Saindo do DHPP. B.O. feito. Agradeço a todes em especial as manas pretas que estiveram ao meu lado. Gratidão! Seguiremos em luta , nossa voz não será silenciada. NÃO seremos interrompidas. @quilomboperifa
— Samara Sosthenes (@Samaraquilombo) February 1, 2021
A covereadora Carolina Iara, uma das eleitas pela Bancada Feminista do PSol em São Paulo, informou que sofreu um atentado a tiros na madrugada de quarta-feira (27/1), em casa. Após registrar boletim de ocorrência, ela trocou de endereço e solicitou escolta armada.
Iara considera que se trata de intimidação, violência política e preconceito. Ela é cientista social, negra, travesti e intersexo e milita pelo direito de pessoas LGBT e pessoas com HIV.
Também na quarta, a vereadora psolista Erika Hilton registrou boletim de ocorrência. Um homem, que se denominou “garçom reaça”, fez uma visita conturbada em seu gabinete na terça-feira (26/1).
O homem disse que queria encontrar a vereadora para pedir desculpas “por tê-la ofendido nas redes sociais”. O encontro não ocorreu por conta de seu comportamento agressivo.
Hilton é a primeira mulher trans a ocupar uma cadeira no legislativo municipal. Ela foi a mulher mais votada nas eleições muncipais de 2020.
A vereadora, no início de janeiro, protocolou uma ação contra 50 pessoas que teriam feito ameaças transfóbicas à vereadora na internet.
Atualização: Diferentemente do que foi informado na primeira versão desta matéria, o agressor se denominou “garçom reaça” em vez de “carteiro reaça”.