Homem agride funcionários e quebra Pronto Atendimento em SP. Assista
Funcionária do PA Dona Luiza relata ao Metrópoles os momentos de terror vividos na noite de terça-feira (6/4): “Ia ser um massacre”, afirma
atualizado
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São Paulo – Um homem, de 25 anos, foi preso em flagrante na noite de terça-feira (6/4) após quebrar uma unidade de Pronto Atendimento no bairro Pimentas, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele agrediu, com socos e chutes, seis funcionários do local.
A auxiliar de enfermagem Rita de Cássia Novais, 48 anos, conta que o acusado chegou por volta das 21h30 e buscava ajuda após ter sido esfaqueado por sua companheira, que o acompanhava. Depois do atendimento, ele foi transferido em uma sala para ser medicado, mas queria ir embora durante o tratamento.
De acordo com Rita, a recusa deu início a uma discussão marcada por xingamentos. Transtornado, ele começou a agredir fisicamente os trabalhadores do Pronto Atendimento. Ela conta que o homem não usava máscara de proteção contra Covid-19. No local são atendidos pacientes com suspeita e com confirmação do novo coronavírus.
A situação piorou quando ele saiu da unidade para buscar um objeto para ferir os trabalhadores. Nesse momento, a porta foi trancada por um funcionário, que impediu sua entrada. A companheira do agressor nada fez para interromper sua ação, acusa Rita.
O homem utilizou uma barra de ferro para danificar a porta, mas não conseguiu passar para o lado de dentro. “Se ele entrasse, ia ser um massacre. A nossa sorte foi essa”, declarou Rita ao Metrópoles.
Veja imagens:
Risco de contaminação por Covid-19
Para se proteger, Rita de Cássia se escondeu em um banheiro e pacientes com Covid-19 correram para o mesmo local que ela. Segundo Rita, alguns não tiveram tempo de colocar a máscara de proteção.
“Eu orei bastante, morro de medo de pegar [Covid-19]. Eu vivi momentos de terror, ele estava muito transtornado e disse que ia voltar para pegar um por um”, relatou.
Uma equipe da Polícia Militar atendeu à ocorrência e prendeu o homem. Ele foi indiciado por lesão corporal, dano qualificado e ameaça. O caso foi registrado no 4º DP de Guarulhos.
Após o incidente, a unidade foi fechada temporariamente e 12 pacientes foram transferidos para outras unidades de saúde. O Pronto Atendimento foi reaberto na tarde dessa quarta (7/4).
Problemas constantes
Rita afirma que esse não é o primeiro caso de violência contra funcionários do PA Luiza. Ela conta que as ameaças físicas e verbais são constantes. O Pronto Atendimento não tem equipe de segurança, somente controladores de acesso.
Os empregados solicitam constantemente patrulhamento da Guarda Civil Municipal (GCM) à Prefeitura de Guarulhos, comandada por Guti (PSD). Ao, Metrópoles a administração municipal garantiu que o trabalho de segurança é feito pelos oficiais, a despeito das denúncias.
Em nota, a prefeitura destaca que mantém a Operação Ronda Saúde em unidades públicas, como hospitais e opostos de vacinação.
“O patrulhamento acontece durante o horário de funcionamento das unidades de saúde. As rondas preventivas e com permanência temporária são divididas por inspetorias de patrulhamento das áreas Centro, Oeste, Leste, Norte e Sul. O patrulhamento é feito 24 horas por dia e qualquer ocorrência pode ser denunciada pelo telefone 153 da GCM.”