Homem admite que matou amigo em caça, mas disse que o confundiu com javali
Dois amigos foram caçar na zona rural de Minas Gerais e acidentalmente um dos homens atirou no colega
atualizado
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Uma caça a javalis entre amigos terminou em morte e prisão na zona rural de Itanhandu, em Minas Gerais. Um homem disse ter confundido o colega com o animal e disparou a arma acidentalmente. A vítima faleceu no momento do disparo.
Por ter ocorrido em uma mata fechada, o caçador relatou, segundo o portal Uol, por ajuda, mas não encontrou socorro. O corpo de Paulo César da Silva, de 43 anos, foi encaminhado ao IML e liberado no domingo (02/08). O tenente José Ednilson Marcelino da Silva, à frente do caso, disse que o crime foi uma fatalidade.
“O autor nos relatou que eles eram amigos de longa data”, disse.“Pelo que verificamos, foi um homicídio culposo, ele atirou e acertou acidentalmente o amigo”, completou.
Os amigos saíram para caçar javalis nas proximidades de uma fazenda, atividade permitida pelo Ibama desde 2013. Ao fazer um primeiro disparo contra um animal, o homem achou que ele estava fugindo e atirou mais uma vez. Porém, do outro lado, quem estava era o amigo.
A Polícia Militar foi acionada pelo suspeito e duas espingardas de caça foram apreendidas. No local, os agentes encontraram 10 cartuchos intactos e somente um vazio. De acordo com o tenente, eles não tinham permissão para o porte de arma, somente para a posse. Ou seja, eles podiam ter o equipamento, mas não fazer uso.
Os homens tinham licença do Ibama para a atividade de “manejo de fauna exótica invasora”, que permite a caça de javali com a utilização de armadilhas, como cães, facas e armas de pressão. Porém, eles não possuíam o Certificado de Registro (CR) de Caçador do Exército.
“Nós acionamos a Polícia Militar Ambiental, mas não foi registrado crime ambiental pelo abate do animal por se tratar do javali, que não é uma espécie da nossa fauna”, explicou. De acordo com o Ibama, o javali, nativo da Europa, Ásia e Norte da África, é considerado uma das espécies exóticas invasoras mais prejudiciais ao meio ambiente e à economia e, portanto, a caça é permitida.