Herança em disputa: relembre caso do ganhador da Mega-Sena assassinado
Renê Senna, ganhador da Mega-Sena de 2005, foi assassinado a tiros em 7 de janeiro de 2007 em Rio Bonito, no Rio de Janeiro
atualizado
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O lavrador Renê Senna, ganhador de R$ 52 milhões na Mega-Sena, em julho de 2005, foi assassinado quase dois anos depois, com quatro tiros, quando conversava com amigos na porta de um bar, em Rio Bonito (RJ), onde morava. A viúva, Adriana Almeida, foi apontada pelas autoridades como a mandante do crime, supostamente motivada pela herança.
Na cidade, Adriana, que é cabeleireira, conheceu Renê em uma festa de Natal na casa que ele havia adquirido em um condomínio de luxo, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Durante a festa, eles se aproximaram e começaram a namorar.
Ele voltou para Rio Bonito, onde nascera, e meses depois se casou com Adriana. Antes da morte, o ganhador da Mega registrou quatro testamentos.
Adriana foi condenada a 20 anos de prisão por mandar matar Renê ao descobrir que seria excluída do testamento devido a uma traição.
O dinheiro favorecia o lavrador com 50% da fortuna, atualmente avaliada em mais de R$ 100 milhões devido a investimentos feitos por ele enquanto estava vivo. Metade seria destinada à filha, Renata Almeida Senna.
A outra parte do dinheiro deveria ser dividida entre oito irmãos e um sobrinho de Renê, mas essa divisão foi recusada pela Justiça.
A herança seria dividida entre a filha e os irmãos da vítima. No entanto, a 1ª Vara Cível de Rio Bonito negou, nessa terça-feira (30/7), um pedido de efeito repristinatório (para restaurar a vigência de um testamento anterior substituído por uma nova norma) apresentado pelos irmãos.
Perda de herança
Um terceiro testamento, realizado em 9 de outubro de 2006, que dizia que a companheira Adriana Ferreira Almeida Nascimento, com quem viveu, usufruiria 50% da herança, deixando o restante para Renata. Mas Adriana foi condenada como mandante do assassinato de Renê e perdeu a herança.
Adriana acabou condenada e identificada como a mandante da morte de Renê, resultando na exclusão como beneficiária da herança pela decisão da Justiça. Após isso, os irmãos e o sobrinho de Senna também ficaram sem a herança. O advogado vai recorrer.