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Hang nega ter custeado disparos em massa de mensagens nas eleições de 2018

O Ministério Público Eleitoral acusa o Executivo de ter financiado a prática irregular para beneficiar o presidente Jair Bolsonaro

atualizado

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Fotografia colorida. Luciano Hang é fotografado no Palácio do Planalto em coletiva
1 de 1 Fotografia colorida. Luciano Hang é fotografado no Palácio do Planalto em coletiva - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, negou ter financiado disparos em massa de mensagens durante as eleições de 2018. O Ministério Público Eleitoral (MPF) acusa o Executivo de ter financiado a prática irregular para beneficiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a campanha.

Em nota enviada por sua assessoria, os advogados de Hang afirmam que “não houve qualquer produção probatória nesse sentido”.

O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a quebra do sigilo bancário e fiscal do empresário, para avaliar se ele realmente financiou ou não o disparo de mensagens via WhatsApp. As diligências apontam que os valores supostamente repassados por Hang teriam operacionalizado a atuação de quatro empresas especializadas nos disparos em massa de mensagens pelo aplicativo.

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CPI da Covid pediu indiciamento de Hang por incitação ao crime
Luciano Hang e Hamilton Mourão, vice-presidente da República
Luciano Hang é dono das lojas Havan
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Em 2018, durante as eleições, o empresário publicou vídeo no Facebook para anunciar o apoio ao, na época, candidato à presidência Jair Bolsonaro. Contudo, para pedir votos, ele pagou para impulsionar o vídeo, o que é considerado ilegal pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

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“Quanto à quebra dos sigilos bancários e fiscal, o Sr. Luciano nada tem a esconder, pois está ciente de suas condutas e jamais financiou disparo ou impulsionou mensagens pelo WhatsApp durante a campanha eleitoral de 2018”, cita a nota enviada pela assessoria.

Na ação que pede a quebra de sigilo de Hang, o vice-procurador solicitou que as ações que acusam a chapa do presidente Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão (PRTB), de abuso de poder econômico e uso irregular dos meios de comunicação sejam unificadas e tramitem de forma conjunta. O Ministério Público vê semelhanças nas acusações.

Veja a nota na íntegra:

“Sobre o parecer do Ministério Público Eleitoral, os Advogados lamentam a confusão e imprecisão da Procuradoria-Geral Eleitoral ao comparar o impulsionamento realizado na página pessoal e particular do Facebook do Sr. Luciano Hang, com as condutas que lhe são falsamente imputadas de divulgação de compras de pacotes de disparos em massa de mensagens no WhatsApp.

Nestes e em outros autos, não houve qualquer produção probatória nesse sentido. Tanto é assim que por duas oportunidades, foi determinado o encerramento da instrução processual.
Resta claro o desperdício de recursos públicos na tramitação de um processo ajuizado pelo PT, que visivelmente não possui qualquer efeito prático e respaldo probatório, pois baseado exclusivamente em acusações falsas de notícias da Folha de São Paulo.

De mais a mais, esse boato de disparos no WhatsApp criado pela Folha de São Paulo foi objeto de uma ação de indenização em trâmite em Brusque Santa Catarina, a qual aguarda sentença.

Ainda que não exista uma decisão pelo Poder Judiciário, o fato é que encerrada a instrução dessa ação de indenização, a Folha de São Paulo foi incapaz de provar a falsa afirmação de que Luciano Hang teria financiado disparos de mensagens. Mais do que isso, ela confessa que essa estória surgiu de uma fonte ligada ao Partido dos Trabalhadores (agremiação política antagônica ao candidato eleito e atual presidente da república).
Em uma imprensa séria e independente, essa circunstância, aliada a absoluta falta de provas, seria suficiente para descredibilizar o relato. Porém, infelizmente não foi isso que ocorreu.

Quanto à quebra dos sigilos bancários e fiscal, o Sr. Luciano nada tem a esconder, pois está ciente de suas condutas e jamais financiou disparo ou impulsionou mensagens pelo WhatsApp durante a campanha eleitoral de 2018.”

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