metropoles.com

Hang é condenado à multa de R$ 85 mi por coagir empregados na eleição

Empresário e dono das lojas Havan teria coagido seus empregados a votarem em Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2018

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Imagem colorida de Jair Bolsonaro e Luciano Hang
1 de 1 Imagem colorida de Jair Bolsonaro e Luciano Hang - Foto: Reprodução

Luciano Hang, empresário e dono da rede de lojas Havan, foi condenado a pagar mais de R$ 85 milhões por coagir os empregados a votarem em Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2018. A ação civil foi movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e está sujeita a recurso.

o empresário é acusado de ter ameaçado despedir funcionários e fechar lojas caso Fernando Haddad (PT), na época candidato à Presidência da República, ganhasse a eleição. Os empregados ainda eram obrigados a responder enquetes promovidas pela própria Havan, informando em quem votariam. 

De acordo com os promotores do caso, os funcionários de Hang foram censurados e humilhados. “Os réus valeram-se de sua condição de empregadores para impor sua opinião política a respeito dos candidatos à Presidência da República e para vincular, de maneira absolutamente censurável, a manutenção dos postos de trabalho de seus colaboradores, valendo-se de métodos humilhantes, vexatórios e, até mesmo, de ‘pesquisas eleitorais’ obrigatórias sem qualquer respaldo em lei.”

4 imagens
Luciano Hang com a Bandeira do Brasil durante o desfile do 7 de Setembro
O empresário Luciano Hang participou das manifestações ao lado do aliado Jair Bolsonaro
Luciano Hang durante o desfile do 7 de Setembro
1 de 4

Bolsonaro e os empresários Luciano Hang e o dono da Mormaii durante o desfile do 7 de Setembro

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 4

Luciano Hang com a Bandeira do Brasil durante o desfile do 7 de Setembro

Igo Estrela/Metrópoles
3 de 4

O empresário Luciano Hang participou das manifestações ao lado do aliado Jair Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
4 de 4

Luciano Hang durante o desfile do 7 de Setembro

Igo Estrela/Metrópoles

A Justiça do Trabalho determinou que cada loja da Havan existente na época deve pegar R$ 500 mil por assédio eleitoral, cerca de R$ 1 milhão seja pago por danos morais e que cada funcionário empregado até outubro de 2018 receba R$ 1 mil por danos morais individuais. Os valores ainda estão sujeitos a juros e correção monetária. O valor calculado pela Justiça ultrapassa R$ 85 milhões.

Voto de cabresto

Ainda em outubro de 2018, o juiz Carlos Alberto Pereira de Castro considerou que Hang havia reeditado o “voto de cabresto” ao tentar “impor a grupos de pessoas a escolha política ditada por uma pessoa dotada de maior poderio dentro de certas comunidades”. Segundo o juiz, o empresário manteve uma “conduta flagrantemente amedrontadora” contra os empregados.

O Metrópoles entrou em contato com a assessoria do empresário, que, por meio de nota, classificou a condenação como “descabida e ideológica”.

“É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos, foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez, o empresário sendo colocado como bandido”, afirmou Hang.

Ele ainda ressaltou que todas as ordens e decisões da Justiça foram cumpridas, com informações levadas a todos os colaboradores sobre a livre expressão do voto, com o envio de mala direta no e-mail dos colaboradores e colocado no display eletrônico de cada loja.

Tudo foi feito de modo a garantir a liberdade dos colaboradores. Afinal, temos até hoje em nosso quadro colaboradores de várias outras ideologias políticas. Aliás, importante lembrar que o voto é secreto e cada um votou conforme sua convicção”, diz o empresário.

Por fim, Luciano Hang destacou que a denúncia não partiu de colaboradores, mas sim de agentes públicos com militância política e sindicatos. “Estamos tranquilos e vamos recorrer da decisão, afinal, nada foi feito de errado e isso já havia sido comprovado lá atrás. Ainda acreditamos na Justiça brasileira.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?