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Hamster indicado como apoio afetivo a menina é expulso de voo da Azul

Animal foi indicado para assistência emocional a menina com TDAH. Hamster embarcou em Florianópolis mas acabou vetado na conexão em Campinas

atualizado

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Hamster vetado em voo da Azul
1 de 1 Hamster vetado em voo da Azul - Foto: Reprodução

São Paulo – A hamster Ivy foi aprovada por uma psicóloga como um animal de assistência emocional para a menina Maria Eduarda, de 8 anos, diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Uma mudança de residência, no entanto, representou uma separação traumática entre a hamster e a criança, após um veto da companhia aérea Azul.

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Pouco antes do Natal, em 23 de dezembro do ano passado, Maria Eduarda se mudou com sua família de Florianópolis para ir morar na Bélgica. Todos embarcaram nessa data no aeroporto da capital de Santa Catarina, incluindo a hamster Ivy.

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Maria Eduarda, sua mãe, Christiane Meyre da Silva Bittencourt, de 47 anos, e o animal de apoio emocional
O animal de suporte emocional é a hamster Ivy, de 1 ano
Maria Eduarda foi diagnosticada com TDAH e por recomendação de um psicólogo tem o animal de apoio emocional
A menina Maria Eduarda e a hamster Ivy convivem desde junho de 2020
Roger, Maria Eduarda, Christiane e Ivy comemorando o aniversário de 7 anos da menina
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Maria Eduarda, de 8 anos, com a hamster de apoio emocional na caixa de transporte no Aeroporto de Viracopos, em Campinas

Arquivo Pessoal
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Maria Eduarda, sua mãe, Christiane Meyre da Silva Bittencourt, de 47 anos, e o animal de apoio emocional

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O animal de suporte emocional é a hamster Ivy, de 1 ano

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Maria Eduarda foi diagnosticada com TDAH e por recomendação de um psicólogo tem o animal de apoio emocional

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A menina Maria Eduarda e a hamster Ivy convivem desde junho de 2020

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Roger, Maria Eduarda, Christiane e Ivy comemorando o aniversário de 7 anos da menina

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O pai de Maria Eduarda, Roger Bittencourt, de 50 anos, e a hamster Ivy

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Christiane, Maria Eduarda e Roger no aeroporto de Bruxelas

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Na conexão prevista na cidade de Campinas, em São Paulo, veio a surpresa: a documentação da hamster, aceita no embarque em Florianópolis, acabou contestada. E o animal, que viajava dentro de uma caixinha no colo da menina, foi proibido de prosseguir para a Europa.

“Ela ainda chora e diariamente fala que sente muito a falta dela. Para a Maria Eduarda, está sendo difícil, foi um trauma grande ter que abandonar a Ivy e ainda toda essa mudança de país e escola tudo ao mesmo tempo”, contou  Roger Bittencourt, pai de Maria Eduarda, ao Metrópoles.

Em breve, o pai da garota poderá voltar ao Brasil para buscar Ivy. Por determinação da juíza Vania Petermann, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a Azul terá que viabilizar a viagem de Bittencourt, que virá ao país para resgatar o animal.

De acordo com a liminar, a companhia aérea tem o prazo de 20 dias para providenciar o suporte necessário para que o pai retorne ao Brasil e depois possa embarcar com a hamster para a Bélgica. Caso descumpra a decisão, a multa é de R$ 10 mil por dia.

A Azul respondeu ao Metrópoles que ainda não foi notificada da decisão, mas comentou o caso. “A resolução 400 da Anac não determina a obrigatoriedade de transporte aéreo de animais, seja na cabine de clientes ou no compartimento de cargas das aeronaves, exceto no caso de cão-guia de acompanhamento de pessoa com deficiência visual”, disse a companhia em nota.

Mudança

Maria Eduarda foi diagnosticada com TDAH e por recomendação de uma psicóloga tem a hamster Ivy como animal de assistência emocional desde junho de 2020.

A família decidiu se mudar de Florianópolis, em Santa Catarina, para a Antuérpia, na Bélgica, porque a mãe de Maria Eduarda, Christiane Meyre da Silva Bittencourt, de 47 anos, foi aprovada em um doutorado.

Barrado

Roger diz ter cumprido todos os procedimentos para que o animal viajasse de mudança com a família para a Bélgica. Mas, no embarque, ele diz que a Azul solicitou um documento que já havia sido apresentado.

Após o veto na conexão em Campinas, a família retornou para casa em Florianópolis e fez a viagem sem o animal no dia seguinte.

“Foi muito traumático, porque tínhamos certeza de que iria dar certo, estávamos com todos os documentos, foram meses de planejamento e busca por informações. Foi muito desesperador ver a minha filha chorando e todo o nosso esforço em vão”, concluiu o pai.

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