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Haddad vê taxas de inflação “sucessivamente menores” nos próximos anos

Ministro da Fazenda disse que, apesar de aumento nas projeções para a inflação de 2024, ela vai cair ao longo dos anos

atualizado

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Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
Ministro da Fazenda Fernando Haddad com microfones à sua volta
1 de 1 Ministro da Fazenda Fernando Haddad com microfones à sua volta - Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Nova York – Após reunião com agências de classificação de risco, nesta segunda-feira (23/9), em Nova York (EUA), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil terá taxas de inflação “sucessivamente menores” nos próximos anos.

Ele chamou a inflação de 2022 de uma “maquiagem”, em função da desoneração dos combustíveis adotada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Sem maquiagem, a inflação de dois anos atrás [2022] estava a 8,25%. Isso não é a oficial. A oficial, mas desconsiderando a maquiagem da desoneração dos combustíveis. A inflação calculada pelo Banco Central seria de 8,25% se não fosse a maquiagem. Nós estamos pelo segundo ano com metade da inflação de dois anos atrás. Foi uma queda muito expressiva, mesmo com o repique do câmbio”, considerou.

“Nós entendemos que nós vamos continuar tendo sucessivamente taxas de inflação menores nos próximos anos. Essa é a minha convicção.”

O ministro citou queda nos últimos anos e disse que a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, “vai responder a esse comportamento”. “Teve um estresse no mundo em relação a política monetária global. Então, teve um estresse em todos os mercados emergentes. O Brasil por vezes pagou um preço um pouquinho mais alto em função de questões domésticas, mas a partir do momento que as pessoas vão vendo que as projeções da Fazenda estão se confirmando na receita, na despesa, no crescimento do PIB, na inflação, eu penso que esses números vão se acomodar naturalmente”, completou o ministro.

Nesta segunda, o Boletim Focus, publicação do Banco Central que consulta agentes do mercado, trouxe um aumento na estimativa para o PIB deste ano, de 2,96% para 3%, mais próxima da projeção da equipe econômica. Mas também houve um aumento na projeção para a inflação de 2024, que agora está em 4,37%, e na Selic, que agora é prevista para ficar a 11,50% ao ano.

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