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Haddad: taxar super-ricos é “urgente” e “necessidade” aos países

Segundo Haddad, a proposta é alocar o dinheiro da taxação dos “super-ricos” em um fundo internacional para resolver problemas globais

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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sob holofotes, na entrega do texto que regulamenta a reforma tributária -- Metrópoles
1 de 1 O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sob holofotes, na entrega do texto que regulamenta a reforma tributária -- Metrópoles - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a taxação dos chamados “super-ricos” é “uma urgência e uma necessidade” para os países. Ele ainda destacou que a ideia do Brasil é criar um fundo internacional para alocar a soma do dinheiro arrecadado com a taxação, visando resolver problemas globais, como a crise climática e a pobreza.

Em entrevista ao jornal francês Le Monde, o ministro acrescentou que o debate sobre a taxação dos “super-ricos” tem chances de prosperar durante a 19ª reunião da cúpula do G20, realizada no Brasil.

De acordo com Haddad, taxar super-ricos implicaria tributar cerca de 3 mil indivíduos no planeta, “detentores de uma riqueza de cerca de US$ 15 bilhões [cerca de R$ 77,9 bilhões] e que, de fato, pagam muito poucos impostos”.

“A nossa ambição [Brasil] é conseguir tributar a riqueza com base no patrimônio. No entanto, continuamos cautelosos quanto ao mecanismo adequado a adotar e aos detalhes de tal medida, que ainda está em discussão no G20”, explicou o ministro.

Brasil olha para além dos “super-ricos”

Haddad explica que a posição do Brasil “vai além de simplesmente tributar os super-ricos”. Segundo ele, a proposta visa alocar a soma do dinheiro arrecadado com a taxação a um fundo internacional para resolver problemas globais, como a crise climática ou a pobreza. Ou seja, desta forma, os tributos não seriam utilizados para fins internos de cada país.

“É certamente uma ideia muito sensível e que só poderá ter sucesso a longo prazo. Mas seria um avanço extraordinário a nível global”, enfatizou o ministro da Fazenda.

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