Haddad sinaliza que apresentará reforma do Imposto de Renda no 2° semestre
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad está participando do Fórum Econômico Mundial, na Suíça
atualizado
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou nesta terça-feira (17/1) em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, sobre a possibilidade de fazer modificações no Imposto de Renda no segundo semestre do ano. A declaração foi dada durante o painel Brasil: um novo roteiro.
“No segundo semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto, muita gente no Brasil não paga imposto, precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda”, defendeu Haddad.
O ministro também afirmou que a reforma tributária será dividida: agora, no primeiro semestre, o foco será no imposto sobre consumo. “Tem gente que fala ‘Por que iate e jatinho não paga IPVA e, às vezes, um carro com 10 anos paga IPVA?’, ‘Por que o imposto de renda incide sobre o trabalhador e não incide sobre o empresário que tem lucros e dividendos distribuídos?’. Então são perguntas que nós não vamos responder agora, mas vamos endereçar no segundo semestre. Assim que a reforça tributária do imposto sobre consumo for aprovada nós vamos abrir a discussão com o Congresso sobre essas injustiças”, reforçou a jornalistas em outro momento.
Haddad se encontrou nesta terça com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Depois da reunião, o titular da Fazenda afirmou que o FMI colocará uma equipe à disposição do governo brasileiro para discutir os parâmetros da futura proposta de âncora fiscal que será apresentada ao Congresso.
A proposta deve ser apresentada “no máximo, até abril”. Segundo Haddad, o objetivo do governo é levar aos parlamentares uma proposta de âncora fiscal “crível e sustentável”. Ainda de acordo com o ministro, o FMI também manifestou estar empenhado na construção de alternativas que combinem responsabilidade fiscal e social. “Para o nosso governo, isso já era importante, mas o fato de essa questão estar no radar do FMI mostra que o tema é fundamental”, disse.