Haddad: “Política de Bolsonaro resultou em chacina de yanomamis”
Pré-candidato ao governo de SP criticou lógica de “armar os garimpeiros” em sabatina e disse que Bolsonaro possui “problemas de caráter”
atualizado
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São Paulo – O pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse, nesta sexta-feira (6/5), que a política do presidente Jair Bolsonaro (PL) “de armar garimpeiros resultou em chacina de yanomamis”.
A fala foi feita durante sabatina realizada pelo UOL e pela Folha de S.Paulo. “Essa política do Bolsonaro de ‘vamos armar os garimpeiros’ resultou em chacina de yanomamis. Não é assim que se faz. Os indígenas desse país são os que preservam a floresta em pé, onde tem reserva demarcada não tem desmatamento”, afirmou.
Ainda em relação ao presidente, o ex-prefeito da cidade de São Paulo analisou que é uma pessoa “que tem sérios problemas de caráter, problemas psicológicos” e possui um “entorno que alimenta esses problemas”. Haddad se disse confiante na campanha do ex-presidente Lula (PT) para a presidência da República, mas que não se pode confiar que a eleição está ganha só por conta dos bons resultados nas pesquisas.
“Não tem eleição ganha, seria um erro muito grande achar que o eventual favoritismo do Lula vai representar [uma vitória]. As armas com as quais o Bolsonaro luta não são as da democracia”, opinou. Para Haddad, talvez a “sociedade esteja mais preparada” para os métodos utilizados pelo bolsonarismo, e citou medidas que o WhatsApp tomou recentemente de esperar as eleições para ampliar os grupos.
“É uma ação preventiva, porque o WhatsApp sabe quem vai usar os grupos. O Poder Judiciário também tem enfrentado uma pressão enorme, sobretudo de militares bolsonaristas. Essas ameaças voltam a ser feitas agora com a proximidade da eleição. Eles imaginavam que com o Auxílio Brasil fossem reverter a vantagem de Lula. O povo não é bobo, o povo tem sua inteligência e sabe que o Auxílio Brasil é o Bolsa Família com outro nome. Eles tão começando a demonstrar um certo desespero”, falou.
Haddad ainda destacou a chapa Lula-Geraldo Alckmin (PSB), que, em sua visão, “tem uma dimensão simbólica importante”. O petista afirmou que “todos os democratas deveriam seguir o exemplo de Alckmin” nas eleições de outubro deste ano.
“Todos os democratas deveriam seguir o exemplo do Alckmin, e cerrar fileiras com o Lula para derrotar a extrema direita no Brasil. O Bolsonaro todo santo dia ameaça as pessoas, as instituições, os adversários, todo dia ele faz isso. E às vezes a gente normaliza isso, fica passando pano”, acrescentou.
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