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Haddad vê gordura para cortes de juros e prevê 2024 “desafiador”

Ministro Fernando Haddad citou guerra na Ucrânia, conflito no Oriente Médio, inflação e juros pesados para os países em desenvolvimento

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Ministro da Economia, Fernando Haddad, é entrevistado no estúdio do Metrópoles
1 de 1 Ministro da Economia, Fernando Haddad, é entrevistado no estúdio do Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta quinta-feira (19/10), durante participação em Congresso de Direito Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV), em Brasília, que há espaço para novos cortes de juros em 2023 no Brasil.

Ele ainda salientou que, frente ao cenário internacional, o ano de 2024 será “desafiador”, mas disse que o Brasil está “em um momento muito interessante do ponto de vista histórico”.

“Nós temos gordura aqui da política monetária. Mas o mundo ainda está com taxas de juros negativas, alguns países, e com inflação. Não é o nosso caso. Aqui, a inflação está caindo e nosso juro real é dos mais altos do mundo”, afirmou o ministro em palestra proferida ao lado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

“Então, nós temos espaço na política monetária para possíveis novos cortes. Não estou fazendo aqui pressão sobre o Banco Central, não, estou dizendo que existe efetivamente o espaço”, completou.

Razões citadas por Haddad

Ao comentar desafios “enormes” no cenário global, ele citou a guerra na Ucrânia, o conflito no Oriente Médio, um recrudescimento da inflação em vários países, exigindo taxas de juros “impagáveis” para o mundo em desenvolvimento, que está endividado.

“Não é o caso do Brasil, que felizmente tomou medidas pré-2008 que blindam a economia brasileira até hoje. Nós estamos vivendo de uma blindagem construída há mais de 15 anos, que permitiu ao Brasil enfrentar 2008, enfrentar 2020, enfrentar a guerra, de certa maneira, com a economia protegida das marolas e tsunamis internacionais”, completou.

Em seguida, ele citou vantagens competitivas do Brasil, como o fato de o país ser credor líquido e possuir uma matriz energética majoritariamente limpa, e disse que o desafio é “promover a conciliação dos poderes da República em proveito de um projeto nacional”.

“Gostaria nesse segundo semestre que o Congresso fosse tão diligente quanto foi no primeiro semestre. Se nós concluirmos esse conjunto de medidas que já estão no Congresso Nacional, já estão endereçadas, a gente pode terminar o ano não em uma situação absolutamente confortável, porque o mundo está inspirando cuidados recentes. Estamos olhando os indicadores e todo mundo está preocupado com o que está acontecendo, mas também otimista em relação às perspectivas de médio prazo. Mas todo mundo reconhece 2024 vai ser um ano desafiador”, finalizou.

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