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Haddad espera “reação compatível” do Copom sobre juros em agosto

Ministro Fernando Haddad disse ver “margem de gordura” no juro real. Próxima reunião do Copom, que define taxa básica de juros, é em agosto

atualizado

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1 de 1 roberto-campos-neto-fernando-haddad - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (20/7) ver “margem de gordura” no juro real. Também afirmou esperar que, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em agosto, o Banco Central (BC) tenha “uma reação compatível”.

taxa de juros nominal, a Selic, está em 13,75% e é definida pelo Copom. Já a taxa de juro real desconta a inflação esperada para os próximos 12 meses.

“Estamos com uma margem de gordura de juro real que é uma coisa que não tem em lugar nenhum do mundo. Estamos pagando 10% de juro real ao ano, que é a Selic descontada a inflação. Isso aí vai ter de ser endereçado em algum momento. Não é possível, o país não suporta mais”, disse o ministro a jornalistas após participar de evento no Rio de Janeiro (leia mais abaixo).

Questionado sobre a expectativa para a próxima reunião do Copom, Haddad repondeu:

“Eu penso que as entregas que foram feitas ao longo do ano não têm precedente. O que o Congresso e o Judiciário trabalharam para ajudar a arrumar a casa, totalmente bagunçada em 2022, eu não lembro de um semestre tão produtivo”.

E emendou: “O que se espera? Que haja uma reação compatível do ponto de vista da autoridade monetária. Você espera um retorno desse esforço que foi feito. Então, evidentemente, do meu ponto de vista, já há algum tempo, nós temos espaço para caminhar na mesma direção”.

O mercado espera um corte na Selic na próxima reunião do Copom, que será realizada entre 1º e 2 de agosto.

O encontro será o primeiro com as presenças dos dois primeiros nomes indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato: Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino.

Ex-secretário-executivo de Haddad, Galípolo é a esperança do governo para marcar posição ante o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

“Todo mundo quer baixar os juros”, diz Galípolo, indicado para o BC

Agenda de Reformas Financeiras

Ao lado do secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa PintoHaddad participou na manhã desta quinta-feira de evento de lançamento da Agenda de Reformas Financeiras do ciclo 2023-2024.

São iniciativas voltadas a promover aprimoramentos regulatórios e aumentar a eficiência nos mercados financeiro, de capitais, de seguros, de resseguros, de capitalização e de previdência complementar aberta.

Na fase de preparação, foram recebidas 120 propostas de 40 associações. Desse total, o governo federal priorizou 17. Além de órgãos e entidades do governo (Ministério da Fazenda, Banco Central, CVM, SUSEP, SRPC e Previc), entidades do setor privado participam dos debates.

Serão definidos relatores que vão atuar no desenho das propostas em fóruns de discussão e subgrupos.

Na sequência, as sugestões deverão ser transformadas em projetos de lei e medidas provisórias, que deverão ser analisados pelo Congresso Nacional a partir de 2024.

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