Haddad: “É possível terminar mandato com inflação média abaixo de 4%”
Ministro Fernando Haddad disse que, além da inflação baixa, o país pode ter crescimento médio próximo dos 3% nos quatro anos
atualizado
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Em reunião do Conselhão nesta quinta-feira (27/6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que é “absolutamente possível” encerrar o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que contempla os anos de 2023 a 2026, com inflação média de 4% e crescimento médio da economia próximo de 3%.
“Presidente, é absolutamente possível o senhor terminar o seu mandato com uma inflação média abaixo de 4%”, afirmou, completando que o crescimento médio poderá ficar “beirando” os 3%. “Isso é a menor inflação média de todos os mandatos desde que o regime de metas de inflação foi criado no Brasil”, defendeu ele.
Na quarta-feira (26/6), o governo federal publicou um decreto mudando a sistemática para a meta de inflação a partir de 2025, de ano-calendário para contínua. A meta será de 3%, a mesma da atual, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.), o que significa que a meta será cumprida se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Lula já criticou o atual patamar da meta de inflação, por considerá-lo baixo demais, mas ainda assim autorizou a equipe econômica a sugerir a manutenção dessa meta. Nesta quinta, Haddad salientou que o país está convergindo para a meta, que é “exigente”.
Cenário externo
Haddad também disse ser necessário reconhecer que, “infelizmente, o cenário externo se agravou neste ano, com a manutenção da meta da taxa de juros nos EUA, o que nos traz desafios enormes”.
Frente a isso, ele defendeu a proteção da economia brasileira acelerando a agenda de reformas e o redesenho de políticas públicas e buscando o equilíbrio fiscal pelo lado das receitas e das despesas.