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Haddad diz reconhecer “necessidade” de encarar pressões de gastos

Ministro Fernando Haddad ressaltou que essa tarefa deverá cuidar dos mais vulneráveis, como defende Lula. Ele falou em reunião do Conselhão

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ministro da Fazenda, Fernando Haddad faz uma declaração à imprensa no escritório do Ministério da Fazenda, na Avenida Paulista - metrópoles
1 de 1 ministro da Fazenda, Fernando Haddad faz uma declaração à imprensa no escritório do Ministério da Fazenda, na Avenida Paulista - metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (27/6) reconhecer a “necessidade” de encarar as pressões de gastos públicos, mas ressaltou que essa tarefa deverá cuidar dos brasileiros mais vulneráveis, como defende o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele falou em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão.

Haddad iniciou o discurso afirmando que “é uma sina do ministro da Fazenda estar entre gasto e economia”, e brincou que procuraria transformar gasto de tempo em investimento, como Lula insiste em dizer. Nos últimos dias, o presidente da República tem colocado em dúvida a necessidade de corte dos gastos públicos.

No encerramento do discurso, o ministro da Fazenda salientou: “Reconhecemos a necessidade de encerrar as pressões de gastos públicos, desde que, como sempre lembra o presidente, cuidemos dos mais vulneráveis”.

Na quarta-feira (26/6) em entrevista ao portal Uol, Lula afirmou ainda não saber se “precisa efetivamente cortar” gastos para equilibrar as contas públicas, mas descartou a possibilidade de reduzir o salário mínimo para atingir esse objetivo.

O petista também negou mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e nas pensões e aposentadorias, hoje vinculadas ao salário mínimo.

Segundo Haddad nesta quinta, o redesenho das políticas públicas será levado a cabo para equilibrar as contas, “mas com a sabedoria política de alguém que já demonstrou compromisso com quem mais precisa do Estado brasileiro”, em referência ao presidente.

Diálogo com o Congresso

O ministro ainda ressaltou o apoio do Congresso Nacional em várias propostas sugeridas pela equipe econômica e rechaçou que as medidas arrecadatórias tenham ampliado a carga tributária no país.

“Ninguém está aumentando carga tributária, não se criou um imposto, não se aumentou uma alíquota. O que se fez é corrigir desequilíbrios fiscais, renúncias fiscais”, destacou.

“Pessoas que detinham riquezas excessivas com rendimentos exorbitantes pagavam zero de Imposto de Renda. Várias leis foram aprimoradas, sempre democraticamente, na conversa com o Congresso Nacional, negociando. Ninguém impôs ao Congresso uma agenda, tudo foi negociado”, prosseguiu.

Segundo ele, isso demonstra a capacidade de diálogo da articulação política e do Ministério da Fazenda. E completou: “O presidente Lula nunca desautorizou o Ministério da Fazenda na busca do equilíbrio das contas”.

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