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Haddad diz que voto de Campos Neto, de desempate, foi “técnico”

Presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto foi o voto de desempate pelo corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 p.p.

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1 de 1 roberto-campos-neto-fernando-haddad - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como técnico o voto do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que reduziu em 0,50 ponto porcentual os juros básicos do país, a Selic, nesta quarta-feira (2/8).

Com a decisão, a taxa passa de 13,75% para 13,25% ao ano. Esse é o primeiro corte promovido pelo órgão em três anos. Em agosto de 2020, na fase aguda da pandemia de Covid-19, a taxa Selic caiu de 2,5% para 2% ao ano. Em agosto de 2022, a Selic chegou ao patamar de 13,75%, que estava vigente até esta quarta.

Campos Neto surpreendeu e votou por uma redução de 0,50 ponto percentual da taxa. Seu “voto de Minerva” acabou exercendo o papel de desempate. Também votaram pela redução de 0,50 os seguintes membros do comitê: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Carolina de Assis Barros e Otávio Ribeiro Damaso. Aquino e Galípolo foram os dois primeiros nomes indicados pelo governo Lula (PT) ao BC nesta terceira gestão do petista.

Votaram por um corte de 0,25 ponto percentual Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes.

“Ele teve um papel importante, evidentemente. Eu tenho certeza, até por conhecê-lo há 8 meses, que presidente do BC votou com aquilo que ele conhece de economia, com aquilo que ele domina em economia. É um voto técnico, calibrado, à luz de tudo que ele conhece da realidade do país”, disse o ministro em entrevista a jornalistas após o anúncio da decisão.

O titular da pasta afirmou que o fato de haver um alinhamento em torno da decisão entre a Fazenda e o BC “não significa concessão do Banco Central” e disse que a situação de hoje “era de votação apertada mesmo”.

“Tenho certeza que o voto dele foi totalmente balizado em considerações de natureza técnica”, completou.

Haddad disse já ter enviado uma mensagem ao presidente da autoridade monetária e os dois ficaram de se falar futuramente. Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e é alvo da artilharia petista desde o início do governo.

Sobre Lula, Haddad disse que ainda irá falar com o mandatário para “passar uma visão correta da interpretação sobre os próximos passos”.

Em dia de Copom, Lula volta a criticar Campos Neto e juros

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
Roberto Campos Neto e Fernando Haddad
Gabriel Galípolo foi secretário-executivo do ministro Fernando Haddad
Ailton de Aquino assumiu a Diretoria de Fiscalização
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Reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC)

Raphael Ribeiro/BCB
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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Roberto Campos Neto e Fernando Haddad

Edilson Rodrigues/Agência Senado
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Gabriel Galípolo foi secretário-executivo do ministro Fernando Haddad

Hugo Barreto/Metrópoles
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Ailton de Aquino assumiu a Diretoria de Fiscalização

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