metropoles.com

Haddad diz que se sente “menos na frigideira” do que há 3 meses

Ministro Fernando Haddad afirmou ter sofrido muita pressão do mercado financeiro e, inclusive, de integrantes do PT

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fábio Vieira / Metrópoles
Imagem colorida de Fernando Haddad
1 de 1 Imagem colorida de Fernando Haddad - Foto: Fábio Vieira / Metrópoles

Após meses tensos à frente do Ministério da Fazenda, Fernando Haddad (PT) diz que começa a respirar aliviado. O chefe de uma das pastas mais importantes do governo Lula reconheceu ter enfrentado críticas dentro do próprio PT e uma pressão enorme vinda do mercado.

“Me sinto menos na frigideira do que há três meses. Tinha gente na Faria Lima [termo que usa a rua em São Paulo para se referir ao mercado financeiro] que dizia que Haddad não dava, é ideológico. Não acompanhou meu trabalho, não leu o que escrevi a vida toda…”, apontou Haddad, que participou do podcast O Assunto durante a manhã desta segunda-feira (10/7).

O ministro da Fazenda declarou que “faz parte apanhar dentro de casa”, quando questionado sobre os conflitos internos no Partido dos Trabalhadores (PT).

“Faz parte apanhar dentro de casa. Meu partido não é amorfo, está cheio de gente de opinião, que estudou… Eu não deixo de conversar com PT, ir às reuniões da executiva, explicar o que estou fazendo. Não me sinto como um senhor”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Ainda durante a entrevista, Haddad deu um ponto-final aos questionamentos temerosos do mercado financeiro – que, conforme ressaltou, avaliavam como “ideológica” sua indicação à Fazenda: mostrou que se dá bem, sim, com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

“Me dou muito bem com o presidente do Banco Central. Não tenho nenhum problema com ele, muito pelo contrário. Temos uma relação muito civilizada, para as tensões que estão estabelecidas. Mas eu acho, sinceramente, que isso é a volta da política com P maiúsculo, para produzir os melhores resultados. Quando a política não produz os melhores resultados, ela está sendo mal feita”, explicou.

Reforma tributária

Na mesma entrevista, Haddad afirmou que a segunda fase da reforma tributária, que vai incidir sobre a renda, não vai aguardar a conclusão da primeira fase, sobre o consumo. “Nós temos que concluir a tramitação da PEC no Senado, mas não vamos aguardar o fim da tramitação para mandar ao Congresso a segunda fase da reforma, porque ela tem que ir junto com o orçamento”, disse.

O ministro da Fazenda defendeu que a análise do Orçamento de 2024 caminhe com a reforma tributária. “Até porque, para garantir metas do marco fiscal, vou precisar que Congresso analise medidas junto com peça orçamentária”, prosseguiu ele. Essa segunda etapa deverá “colocar o rico no Imposto de Renda”, como defende o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?