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Haddad atribui déficit de 2023 a “esqueletos” da gestão passada

Estimativa oficial de rombo das contas públicas federais é de 1,7% do PIB em 2023, mas Haddad indicou que déficit pode ser menor que isso

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida do O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribuiu o déficit que deverá ser confirmado em 2023 a “esqueletos” da gestão passada, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele citou, por exemplo, o acordo feito entre os Poderes para garantir a recomposição de R$ 27 bi do ICMS a estados e municípios, que perderam receitas com a redução da alíquota que aconteceu entre junho e dezembro do ano passado.

Ele salientou que o governo vai seguir perseguindo medidas arrecadatórias e de correção dos gastos tributários até atingir o déficit fiscal zero a partir de 2024.

“Vamos continuar atuando nisso (medidas arrecadatórias) até atingir a meta de equilíbrio, que nós vamos perseguir. Nós vamos cair 1% do PIB o déficit previsto no começo do ano para agora. Devemos terminar o ano em torno de 1,3% do PIB. Lembrando que dentro desse número estão os esqueletos que nós estamos pagando da gestão passada”, disse o ministro a jornalistas nesta sexta-feira (24/11), em São Paulo.

Veja entrevista de Haddad em São Paulo:

Segundo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias relativo ao quinto bimestre de 2023, apresentado na última quarta-feira (22/11), o governo federal aumentou em R$ 35,9 bilhões a projeção para o déficit primário deste ano — o valor estimado não considera o pagamento de juros da dívida pública.

A estimativa de rombo das contas públicas federais era de R$ 141,4 bilhões no último relatório, divulgado em setembro, e passou para R$ 177,4 bilhões em novembro. Os números consideram os dados do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central (BC).

Haddad fala sobre déficit

Com a revisão, a perspectiva do déficit primário aumentou de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 1,7%. A meta máxima estabelecida para 2023 é de déficit de R$ 213,6 bilhões (2% do PIB).

Paralelamente, a equipe econômica trabalhava com um cenário de déficit fiscal inferior, próximo dos R$ 100 bilhões (1% do PIB), mas ainda no vermelho. A partir de 2024, a meta da equipe econômica é de déficit zero.

Nesta sexta, o ministro disse que o déficit do primeiro ano do terceiro governo Lula deve ficar “em torno de 1,3% do PIB”. Essa estimativa leva em conta uma possível sobra de recursos autorizados aos ministérios e que podem não ser efetivamente gastos.

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