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Haddad defende que super-ricos “paguem justa contribuição em impostos”

No pré-lançamento da Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza, no G20, Haddad defendeu sua proposta de taxação global de bilionários

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Fernando Haddad liderou pesquisa em cenário sem Lula, entre eleitores de esquerda
1 de 1 Fernando Haddad liderou pesquisa em cenário sem Lula, entre eleitores de esquerda - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

Em discurso no pré-lançamento da Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza, no G20, no Rio de Janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira (24/7) sua proposta de taxação global de bilionários.

A ideia, que é o tema principal da presidência brasileira no G20 neste ano, consiste na criação de um sistema tributário internacional desenhado pelos economistas Gabriel Zucman e a prêmio Nobel de Economia Esther Duflo.

“Outra forma de mobilizar recursos para o combate à fome e à pobreza é fazer com que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos. Ao redor do mundo, os super-ricos usam uma série de artifícios para evadir os sistemas tributários. Isso faz com que, no topo da pirâmide, os sistemas sejam regressivos, e não progressivos”, disse Haddad.

O evento conta com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros de outros países, principalmente os chefes de pastas ligadas ao desenvolvimento.

A proposta de taxação global dos bilionários

O ministro explicou que, a pedido de sua equipe, o economista Gabriel Zucman preparou um estudo mostrando que, se os bilionários pagassem o equivalente a 2% de sua riqueza em impostos, poderíamos arrecadar de US$ 200 bilhões a US$ 250 bilhões por ano, aproximadamente cinco vezes o montante que os 10 maiores bancos multilaterais dedicaram ao enfrentamento à fome e à pobreza em 2022.

Esses recursos seriam canalizados para projetos socioambientais, com o objetivo de combater a pobreza e também as mudanças climáticas ao redor do globo.

Para que seja efetiva, a medida precisa de ampla adesão, em especial dos países mais ricos, para evitar a evasão fiscal e para que as multas e sanções sejam aplicadas de maneira eficaz. Por essa razão, há certo ceticismo com relação à proposta, que já recebeu o endosso de países europeus, como França e Espanha, mas que não recebeu sinalização favorável de potências mundiais importantes, como os Estados Unidos.

Segundo os cálculos, a proposta afetaria 3 mil pessoas em todo o mundo, que detêm US$ 15 trilhões em patrimônio.

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