Haddad: Brasil quer abrir “horizonte” sobre taxação de super-ricos
No G20, o ministro Fernando Haddad defendeu a cooperação internacional para que o tema da taxação dos super-ricos avance
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (29/2) que o Brasil busca “abrir o horizonte” no mundo para a discussão sobre a taxação dos super-ricos. Na reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais dos países do G20, o ministro pediu cooperação internacional para avançar no tema.
De acordo com o ministro de Lula, os líderes não se manifestaram contra a proposta, mas a expectativa é que, antes, sejam concluídas as negociações sobre a proposta de criação de uma tributação mínima global para empresas, elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A proposta é dividida em dois pilares. O primeiro, busca alterar as regras sobre a tributação dos lucros das multinacionais. O segundo prevê tributar em 15% a renda de empresas multinacionais com negócios acima de US$ 750 milhões de euros. A ideia, segundo o ministro, é que a taxação dos super-ricos constitua um terceiro pilar.
“A nossa intenção é abrir um horizonte de discussões que passe por temas que não foram tratados. Obviamente, que como os primeiros pilares, haverá muito debate a respeito disso, o que absolutamente natural”, afirmou o ministro da Fazenda.
“Nem todo país sente da mesma maneira esse problema que o Brasil trouxe para o G20. Tem países bem resolvidos com essa questão. Em geral, países muito ricos. Quanto mais rico o país, mais resolvido ele está em relação a essa temática. Nós não estamos aqui para tratar só dos problemas que afetam o mundo rico. Os países pobres ou menos desenvolvidos sofrem muito com falta de regras que regulem essa matéria”, defendeu Haddad.