Hacker de Moro tenta fechar delação e diz ter acervo inédito da Lava Jato
Thiago Eliezer teria oferecido um coleção de novos diálogos hackeados da força-tarefa e que haviam sido guardados por ele
atualizado
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O hacker Thiago Eliezer dos Santos, apontado como um dos líderes do grupo que atuou na invasão do aplicativo Telegram no telefone celular do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, de procuradores da Lava Jato e de autoridades públicas, diz que guardou um acervo de conversas inéditas envolvendo integrantes da força-tarefa.
O hacker tenta fechar um acordo de delação premiada na investigação da Operação Spoofing. A informação é da coluna de Aguirre Talento, do jornal O Globo.
O Metrópoles procurou a defesa de Thiago Eliezer questionando sobre a informação, mas ainda não obteve retorno.
De acordo com as investigações, Thiago Eliezer orientava Walter Delgatti Neto em técnicas de informática usadas para invadir o aplicativo Telegram de autoridades públicas. Ele era chamado de “Professor”.
Por isso, foi considerado coautor dos delitos cometidos pelo grupo e foi denunciado pelo Ministério Público Federal por participação em crimes como a interceptação ilegal de conversas telefônicas.
Eliezer teria oferecido um acervo de novos diálogos hackeados e que haviam sido guardados por ele em diversas páginas na internet que são usadas para armazenamento de arquivos, conhecidas como “nuvem”. Esse ponto, porém, é considerado problemático para uma possível delação premiada, porque os diálogos têm origem ilícita e não poderiam ser usados como prova de acusação.
O material está sendo analisado pela Polícia Federal, que irá avaliar se existem elementos suficientes para justificar a assinatura de um acordo de colaboração com o hacker.