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H1N1: Saúde de GO investiga duas mortes e surto em três escolas

Em uma das escolas, foram confirmados 25 casos da doença. As duas mortes investigadas são de crianças, uma de 5 e outra de 12 anos

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1 de 1 máscara-de-proteção-pff2-n95 - Foto: Grace Cary/Getty Images

Goiânia – Duas mortes são investigadas pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) suspeitas de H1N1. Três escolas particulares, duas da capital goiana e uma em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana, registraram casos da doença.

A pasta estadual confirmou a investigação nas três unidades de ensino nessa sexta-feira (18/10). O secretário de saúde, Rasivel dos Reis Santos Júnior, considera a situação como surto nos dois municípios.

De acordo com o secretário, a pasta inicia campanhas junto a escolas para que, ao identificarem mais de três pessoas com sintomas gripais, informem a vigilância sanitária para que os casos sejam acompanhados e as crianças e/ou professores sejam afastados.

Mortes investigadas

Os dois casos de morte suspeitos de H1N1 envolvem uma garota de 12 anos não identificada, estudante de uma escola da capital, cujo óbito ocorreu no domingo (13/10), e o de Arthur Rocha, de 5 anos, aluno de uma escola de Aparecida de Goiânia, morto na segunda-feira (14/10).

A escola onde menino estudava já contabiliza 25 casos positivos da doença. O surto de H1N1 começou após uma festa em comemoração ao Dia das Crianças, realizada no dia 10 de outubro.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais em 16 de outubro, a diretora da unidade escolar em que Arthur estudava, Moema Davis, fez um apelo à comunidade para que os responsáveis não mandassem os filhos com sintomas para a escola. Ela também informou que a Vigilância Sanitária já esteve na unidade de ensino e que as aulas foram suspensas para evitar novos casos.

Cobertura vacinal

A Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás alerta a população sobre a importância da vacinação para prevenir a gripe. A vacina está disponível nos 246 municípios, entretanto, a cobertura vacinal em Goiás está abaixo do ideal, alertou o secretário estadual de Saúde.

“O Ministério da Saúde (MS) recomenda uma cobertura vacinal de 90%, mas, até o momento, o Estado registra apenas 44,91%. Em Goiânia e Aparecida de Goiânia, as coberturas são ainda mais preocupantes, com índices de 44,22% e 56,69%, respectivamente”, alertou o secretário Rasível Santos.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza teve início em 25 de março, com foco nos grupos prioritários recomendados pelo MS, e a partir de 30 de abril foi ampliada para toda a população acima de 6 meses de idade.

A Superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, lamentou as mortes e que os casos suspeitos envolvam crianças e adolescentes. De acordo com ela, o grupo é alvo principal das campanhas de vacinação do governo, em que doses de vacina da gripe foram disponibilizadas no começo deste ano.

“Mas, como a procura dos grupos prioritários foi muito pequena, nós liberamos para o restante da população. Nós temos cerca de 500 mil doses disponíveis”, afirmou. “Não faltam vacinas na rede estadual e nem nas redes municipais de saúde. A gente tem doses suficientes distribuídas em toda a rede. Mas a cobertura continua baixa em crianças, gestantes, puérperas, idosos… Toda a população está exposta quando não se vacina”, alerta Rasivel.

Orientação

Ainda segundo Flúvia, no primeiro semestre foi divulgada uma orientação para todo o estado sobre doenças respiratórias. Agora, o governo de Goiás informou que será divulgada uma nova nota técnica. O intuito é esclarecer a população sobre os cuidados e prevenção de epidemias.

“A ideia é primeiro orientar os profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico, tratamento adequado e também da vacinação para as escolas e creches”, apontou ela.

A superintendente acrescenta que o documento alertará ainda os cidadãos sobre cuidados básicos, como higienizar as mãos. Nos casos de sintomas de gripe, o recomendado será a utilização de máscaras e a busca de atendimento médico.

“Em caso de suspeita da doença, é fundamental evitar o contato com outras pessoas, utilizar máscara e higienizar as mãos frequentemente, pois o vírus é facilmente transmitido por gotículas salivares durante tosses, espirros ou conversas”, enfatiza a Superintendente de Vigilância em Saúde.

Ela ressalta que, em caso de sintomas gripais, como febre persistente, tosse e dificuldade para respirar, é importante que as pessoas procurem uma unidade de saúde imediatamente, especialmente idosos, crianças e imunodeprimidos.

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