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“Guru da meditação na pandemia” vira réu por estupro de vulnerável

Terapeuta Tadashi Kadomoto, que tem 1,6 milhão de seguidores no Instagram, nega acusações de ex-estagiária

atualizado

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1 de 1 takeshi - Foto: Reprodução/Redes sociais

Guru de meditação que tem ganhado cada vez mais fama durante a pandemia de coronavírus, o terapeuta transpessoal Tadashi Kadomoto foi denunciado pelo Ministério Público e tornado réu pela Justiça de São Paulo em um processo de estupro de vulnerável.

Segundo a GloboNews, Kadomoto é acusado por uma ex-paciente e ex-estagiária. A denúncia, ainda de acordo com o canal, foi aceita no dia 6 de outubro. O terapeuta negou em nota qualquer irregularidade.

A vítima, segundo a denúncia, sofreu abusou por sete anos no Instituto Tadashi Kadomoto, em Itatiaia (RJ); na clínica de Tadashi, em Campinas (SP); e em um hotel em São Paulo. Ao MP, a ex-estagiária contou que queria tratar distúrbios alimentares, mas viu a condição piorar ao longo de um tratamento que escondia os abusos.

“Ao invés de ela melhorar, ela piora… Piora a anorexia, não encontra o conforto buscado. Pelo contrário, ela encontra uma angústia que se amplia. Ela não via nada, estava totalmente envolvida por ele e foi vítima de abusos sexuais. Isso tudo aconteceu sem a consciência dela e sem nenhuma capacidade de resistência”, disse o advogado de defesa da vítima, Luiz Flávio D’Urso.

Assédio

Outra mulher que se consultou com o terapeuta e conversou com a Globo relatou ter sido assediada pelo terapeuta.

“Ele começou a me perguntar como estava sendo meu processo. Na época eu tinha acabado de me separar, foi uma separação bem traumática pra mim, e ele me mandou um e-mail, perguntando como estava sendo meu processo… Começou primeiro a me elogiar muito. Dizer que eu era linda, maravilhosa, suculenta. Pediu fotos minhas para que ele ficasse me admirando. Dizia que me queria cada vez mais perto dele e inclusive chegando a afirmar que me amava”, afirmou a suposta vítima.

A reportagem também teve acesso a uma mensagem que o terapeuta teria mandado a outra vítima: “Confesso que gostaria de poder te agarrar… beijar… morder… para demonstrar o meu amor. Mas, por enquanto, contento em demonstrar meu amor assim…”

Guru nega

Tadashi Kadomoto, que tem 1,6 milhão de seguidores no Instagram, negou por meio de seu advogado as acusações.

Veja a nota enviada à Globo pelo advogado do guru, Alexandre Wunderlich:

“Tadashi Kadomoto atua há mais de 30 anos na área de treinamento comportamental, já tendo apoiado cerca de 100 mil pessoas, por meio de palestras e treinamentos motivacionais. São numerosos e públicos os depoimentos que comprovam a sua atuação. Durante a pandemia, promoveu, de forma gratuita, lives para a ajudar milhares de pessoas a atravessar esse período tão desafiador para todos nós. Em toda a sua reconhecida trajetória profissional, jamais recebeu solicitação de esclarecimento sobre qualquer fato e também não recebeu nenhuma denúncia formal até o momento”.

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