Guimarães não se manifesta em investigação do MPT sobre assédio na Caixa
Pedro Guimarães pediu demissão da Caixa após o Metrópoles revelar denúncias de assédio sexual e moral contra ele
atualizado
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O ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães decidiu não se manifestar em processo do Ministério Público do Trabalho (MPT) que apura denúncias de assédios sexual e moral apresentadas contra ele.
Guimarães tinha até essa segunda-feira (11/7) para se explicar, informou o MPT ao Metrópoles.
“Era uma faculdade dele [Pedro Guimarães] responder ou não. A Constituição garante o direito de defesa a todo acusado, mas ele não é obrigado a responder”, explicou o procurador Paulo Neto, responsável pelas investigações.
As denúncias de assédios sexual e moral foram reveladas pela coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
Um grupo de funcionárias decidiu romper o silêncio e relatar as situações pelas quais passaram. Todas elas trabalham ou atuaram em equipes que servem diretamente ao gabinete da presidência da Caixa. As mulheres denunciam toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites heterodoxos, incompatíveis com o que deveria ser o normal na relação entre o presidente do maior banco público brasileiro e funcionárias sob seu comando.
A iniciativa dessas mulheres levou à abertura de uma investigação que está em andamento, sob sigilo, no MPF. Após repercussão do caso, o Tribunal de Contas da União (TCU) também abriu um processo para apurar as denúncias.
Nessa terça-feira (12/7), o procurador Paulo Neto recomendou que a nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, não mais pague o salário de Pedro Guimarães, como mostrou o Metrópoles.
Em ofício, o MPT destaca que a remuneração compensatória não deve ser concedida automaticamente. Considera, ainda, que “toda forma de assédio constitui uma violência psicológica, passível de produzir graves danos à saúde mental e física das trabalhadoras e dos trabalhadores” e a necessidade da adoção de medidas preventivas e repressivas.
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