Guilherme Boulos quer vacinação contra a Covid-19 sem medidas agressivas
Programa do candidato vai se valer de rede de agentes comunitários do município para promover conscientização e imunização
atualizado
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São Paulo – Guilherme Boulos, ativista sem-teto candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSol, está ansioso para que logo uma vacina contra a Covid-19 tenha sua eficácia comprovada. Pouco importa a nacionalidade da imunização, se chinesa, russa ou de outro país, segundo ele.
“Minhas filhas tomaram todas as vacinas. Assim que tiver uma vacina comprovada, vou tomar e vou levá-las para tomar”, afirmou o candidato ao Metrópoles, que nesta segunda-feira (26/10) pela manhã esteve com catadores de lixo no centro da capital paulista.
Filho de médicos infectologistas, o candidato é favorável a um programa de imunização sem medidas coercitivas, modelado a partir de conversas com especialistas na área.
“Eu não sou médico. Tem presidente da República e tem governador que acha que tem CRM (número no Conselho Regional de Medicina), eu não. Eu vou ouvir especialistas, tanto da medicina quanto da gestão pública, para tirar o medo da população da vacina, sem fazer a vacinação de modo agressivo.”
Para que isso aconteça, o candidato pretende contar com uma rede de 8.000 agentes comunitários de saúde que, segundo Boulos, o município já possui. O programa de imunização do psolista daria preferência a pessoas no grupos de risco, como idosos, trabalhadores essenciais e população de baixa renda.
“Imunizar-se é o que todo cidadão deveria fazer em respeito a quem é do grupo de risco, em respeito aos idosos. Eu não acredito na Terra Plana, eu não volto para a Idade Média. Eu acredito na vacina e acredito na ciência como forma de lidar com a crise sanitária que a gente vive”, afirmou.