Guardas que agrediram jovem em shopping não tinham aval de segurança armada
A empresa para a qual trabalhavam, a Moura Corbage Serviços Gerais, não recebeu autorização da PF para exercer a atividade legalmente
atualizado
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Policiais Militares que agrediram um jovem negro em um shopping no Rio de Janeiro não tinham permissão para fazer o serviço de segurança armada, pois a empresa Moura Corbage Serviços Gerais, da qual são funcionários, não recebeu o aval para exercer a atividade pela Polícia Federal (PF).
Cabe à instituição conceder a autorização para a prestação de trabalhos de vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada. Dessa forma, a empresa, de nome fantasia Prisma, estaria atuando de forma ilegal.
As informações são do portal Extra. Em nota ao jornal, a PF disse que “a empresa não possui autorização de funcionamento expedida pela Polícia Federal”. Ainda, foi assegurada a instauração de um “procedimento administrativo na data de 10/08/2020, para apurar o fato que, provavelmente, culminará no encerramento formal das atividades de segurança ilegal da empresa”.
No cadastro da Receita Federal, a empresa se autodeclarou prestadora de “serviços combinados para apoio a edifícios”, “atividades de monitoramento de sistemas de segurança eletrônico” e “limpeza em prédios”. Porém, no site da firma, são oferecidos “treinamento de segurança”, “terceirização de mão de obra” e “circuito de câmeras de vigilância”. O portal não descreve nenhuma atividade de “apoio de inteligência”.
Segundo a página oficial, outros três shoppings da Região Metropolitana contratam o serviço de vigilância da empresa.
A empresa pertence ao major Marcelo de Castro Corbage, atualmente chefe do Centro de Instrução Especializada e Pesquisa Policial (CIEsPP) da PM, uma unidade responsável pela capacitação de policiais em técnicas especializadas. Segundo o Código Penal Militar, oficiais da instituição possam ser acionistas de uma empresa, desde que não sejam administradores da mesma. No caso, Corbage estaria descumprindo o código.