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Guajajara: garimpeiros estão deixando terra Yanomami após bloqueio aéreo

Ministra dos Povos Indígenas, Guajajara disse que governo tem informações de inteligência sobre fluxo de garimpeiros deixando local

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garimpo de ouro no rio madeira
1 de 1 garimpo de ouro no rio madeira - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou neste sábado (4/2) que o governo federal recebeu informações de que um fluxo grande de garimpeiros está deixando espontaneamente a terra indígena Yanomami.

“Temos informações que garimpeiros já estão saindo. É bom que saiam, é bom que reduz nosso trabalho. São 20 mil garimpeiros para serem retirados”, declarou a ministra. “Se eles saem sem precisar da força policial, é melhor para todo mundo.”

Guajajara afirmou que a informação do movimento dos garimpeiros veio de serviços de inteligência do governo, servidores que estão na região, por sobrevoos de equipes do Distrito Sanitário Especial Indígena e por integrantes de associações de indígenas.

De acordo com a ministra, a saída dos garimpeiros começou na última semana, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou o bloqueio dos tráfegos aéreo e fluvial de garimpo ilegal na região. A medida pretende cortar o fluxo que abastece os grupos criminosos.

Guajajara ainda anunciou que o governo estuda como retirar os garimpeiros sem que eles consigam ir para outra área extrair ouro ilegalmente.

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Crianças Yanomami em situação de desnutrição na Terra Indígena Yanomami
Lula visitou povo Yanomami em Roraima, em janeiro do ano passado.
Voluntários da Associação Urihi Yanomami resgata criança indígena yanomani em maca vítima de desnetruição no norte do país. Ao fundo, é possível ver avião sobrevoando terreno - Metrópoles
Governo federal decretou estado de emergência em terra indígena Yanomami
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Crianças Yanomami em situação de desnutrição na Terra Indígena Yanomami

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Lula visitou povo Yanomami em Roraima, em janeiro do ano passado.

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Voluntários da Associação Urihi Yanomami resgata criança indígena yanomani em maca vítima de desnetruição no norte do país. Ao fundo, é possível ver avião sobrevoando terreno - Metrópoles

Associação Urihi Yanomami
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Governo federal decretou estado de emergência em terra indígena Yanomami

Divulgação/ Exército Brasileiro

Visita do MDH

Em missão em Boa Vista, Roraima, desde o dia 27 de janeiro, a comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) continuará no estado na próxima semana, segundo comunicado da pasta, neste sábado (4/2). A intenção é levantar informações e diagnósticos sobre a tragédia humanitária no território Yanomami.

A partir da próxima segunda-feira (6/2), os integrantes do MDHC irão à Casa de Saúde Indígena (Casai), ao hospital da Criança e do Sistema Único de Saúde (SUS), além do Hospital Geral de Roraima (HGR).

Já na terça-feira (7/2), os representantes da pasta visitarão aldeias que integram o território Yanomami, em Surucucu. Demandas locais e denúncias de violações serão colhidas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.

Saúde dos Yanomamis

Em razão da grave precarização das condições de vida dos povos Yanomami, também em decorrência do garimpo ilegal, a população vive uma grande crise sanitária. Além de a atividade provocar assassinatos dos indígenas, nos últimos meses também foram registradas diversas mortes por desnutrição.

A exploração do garimpo ilegal traz a incidência de doenças infecciosas. A falta de assistência em saúde também contribui para o quadro.

Em portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), em 20 de janeiro, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) em terras Yanomami.

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