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Guaidó foi tratado como chefe de Estado por “cortesia”, diz ministério

Líder venezuelano usufruiu de “facilidades”, mesmo não sendo uma visita oficial. Custos ainda não foram calculados pelo Itamaraty

atualizado

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Juan Guaidó em Brasília
1 de 1 Juan Guaidó em Brasília - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Durante cerca de 30 horas em solo brasileiro, o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, recebeu do Ministério das Relações Exteriores (MRE) tratamento de chefe de Estado por “cortesia” e recebeu “facilidades de praxe”. A visita dele não foi considerada oficial, mas, sim, “pessoal”, informou o ministério.

Além das honrarias, como ser recebido no Palácio do Itamaraty com tapete vermelho, Guaidó usufruiu de aparatos como carros oficiais da Polícia Federal, motorista e segurança prestada pelas Forças Armadas.

A recepção de Guaidó, mesmo não se tratando de uma visita diplomática, foi considerada normal pelo MRE. “O presidente encarregado da Venezuela recebeu do governo brasileiro as cortesias e facilidades de praxe estendidas a chefes de Estado em visita ao Brasil”, destaca, em nota.

Na última quarta-feira (27/2), ao confirmar a vinda de Guaidó ao Brasil, o porta-voz do Palácio do Planalto, general Otávio Rêgo Barros, ressaltou que a viagem se tratava de uma “visita pessoal”. Isso fez com que a agenda do venezuelano com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não fosse divulgada, por exemplo.

Na mesma tendência, o Senado, onde Guaidó teve uma conversa com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é também o presidente do Congresso, não considerou a visita oficial e deu caráter informal à presença do venezuelano na Casa.

O governo brasileiro não sabe estimar os custos, por exemplo, com gasolina. Em nota, o MRE informou que os gastos serão calculados e divulgados, mas estimou prazo.

“Os custos poderão ser oportunamente verificados no Portal da Transparência do Governo Federal, quando da apresentação das notas dos fornecedores dos bens e serviços e o seu registro contábil”, afirma o texto.

O líder venezuelano deixou o Brasil na manhã desta sexta-feira (1º/3), num voo comercial. Ele embarcou no Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubitschek por volta das 10h30. Na chegada, ele usou um avião da Força Aérea Colombiana.

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